Carga e Descarga: Entidades 'repudiam' pedido de mudança; Sindilojas lamenta tom de críticas
Por José Marques
Limitação do transporte de 'VUCs' é motivo de atrito
Diversas outras entidades de classe manifestaram "repúdio" ao pedido do Sindicato de Lojistas do Comércio da Bahia (Sindilojas-BA) à prefeitura para que a Lei de Carga e Descarga municipal fosse modificada. O presidente do Sindilojas, Paulo Motta, deseja que a prefeitura restrinja a circulação de veículos urbanos de carga (VUC, com capacidade de carga superior a 1,5 tonelada, largura de até 2,2m e comprimento máximo de 6,3m) das 6h às 9h nos centros comerciais de Salvador. A intenção foi rebatida por críticas do presidente do Sindicato de Panificadores Mário Pithon. Nesta sexta-feira (19), mais quatro representações de categorias entraram em contato com o Bahia Notícias para reclamar. "Ele [Paulo Motta] não tomou detalhes de tudo o que foi conversado. Só está focado no segmento dele. Uma decisão com a da carga e descarga não foi decidida da noite para o dia. Foi fruto de muita discussão. Um desgaste imenso", protestou o presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios da Bahia (Sindirepa-BA), Reginaldo Rossi. "No nosso caso mesmo, dependemos muito do guincho. E temos que viabilizar a sobrevivência das nossas empresas", avaliou. Diretores da Federação de Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Carlos Gantois, e do Sindicato de Fiação e Tecelagem ratificam a posição de Rossi. "Qualquer mudança só será prejudicial às empresas", considerou Gantois. O presidente do Sindicato da Indústria do Trigo da Bahia (Sinditrigo-BA), Antônio Ricardo Alban, questiona o motivo de o Sindilojas não ter se manifestado à época do debate com a prefeitura. "Por que ele não se manifestou quando teve a oportunidade?", perguntou.
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Motta 'lamentou' críticas de Pithon | Foto: Claudia Cardozo / Bahia Notícias
Em e-mail enviado às entidades, Paulo Motta "lamentou" o tom das críticas de Mário Pithon à requisição feita pelo Sindilojas. "As mesmas [críticas] não refletem a minha postura como dirigente sindical e pleitear em nome dos seus representados é função da entidade", informou. O representante dos panificadores disse que Motta tinha "interesses por debaixo do pano". Após a troca de farpas, Pithon voltou atrás. "Quero retirar o que disse. Não acho que haja interesses por debaixo do pano, mas mantenho todas as outras críticas", declarou.