Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias

Notícia

Após pressão pela moralidade, Assembleia restringe acesso da imprensa

Por David Mendes


 
Após a imprensa ser criticada em plenário por conta das “pressões” que resultaram na aprovação, por unanimidade, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acabou com o 14º e 15º salários dos deputados – economia de R$ 2,5 milhões para os cofres públicos do Estado –, a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) resolveu restringir o acesso dos profissionais na Sala do Cafezinho. O espaço, tradicionalmente liberado e usado por repórteres que atuam na Casa em busca de informações das atividades parlamentares, foi restrita à circulação dos políticos. A medida entrou em vigor nesta segunda-feira (12). De acordo com o chefe da segurança do Parlamento baiano, Josué da Cruz, em entrevista ao Bahia Notícias, a determinação partiu da 1ª Secretaria da Mesa, órgão comandado pelo deputado Paulo Azi (DEM), responsável pela organização do espaço. Antes de ser barrada definitivamente, a reportagem obteve autorização junto ao deputado Euclides Fernandes para adentrar à sala e bater um papo com ele. Questionado sobre a liberação, o chefe da segurança afirmou que "todos os deputados sabem que está proibido [o acesso da imprensa]". "Neste caso, ele [o deputado] é quem vai responder pelo descumprimento da medida", informou Cruz. No bate-papo com Fernandes, o BN detectou na Sala do Cafezinho a presença de uma mesa repleta de guloseimas e apurou que a Casa contratou um buffet para fornecer salgados e doces aos deputados durante as sessões. A partir de agora, apenas a Galeria de Imprensa poderá ser ocupada pelos jornalistas. No Salão Verde, espaço principal de acesso ao plenário, o profissional poderá circular, mas, para conversar com algum deputado, a orientação é solicitar primeiro a um agente da segurança, que terá que levar a solicitação do convite ao representante do povo. Desde a abertura até o encerramento da sessão desta terça-feira (12), a reportagem não conseguiu falar na AL-BA com o presidente Marcelo Nilo (PDT), nem com Paulo Azi. Apesar de o painel marcar a presença de ambos, nenhum deles apareceu no plenário. Se estavam na Sala do Cafezinho, mas preferiram não circular pela área de votação, a reportagem não sabe informar porque não tem mais acesso ao espaço.