Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias

Notícia

Pelegrino diz que candidatos do PTN 'são registrados como funcionários' de ONG ligada à Secult

Por Bárbara Souza

Pelegrino diz que candidatos do PTN 'são registrados como funcionários' de ONG ligada à Secult
Fotos: Carolina Barreto / Tudo FM
O deputado federal Nelson Pelegrino (PT), candidato derrotado à prefeitura de Salvador, reafirmou que o que lhe cabe “é ser oposição”,  lugar que os eleitores lhe conferiram em relação ao “governo do candidato do DEM”. Em entrevista ao programa Acorda pra Vida da Rede Tudo FM 102,5, o petista se comprometeu a manter seu trabalho em prol da capital baiana. Ele comentou a avaliação do presidente estadual do PT, Jonas Paulo, que afirmou em nota que “eleição no segundo turno, se ganha ou se perde nos detalhes” e ponderou que a campanha de Pelegrino à prefeitura de Salvador pode ter sido prejudicada pela “ênfase dada ao discurso de avaliação do governo estadual”, e falou sobre a antecipação do debate sobre as eleições de 2014. De acordo com o parlamentar, vitória ou derrota em uma disputa eleitoral é sempre influenciada por “um conjunto de fatores”. Na avaliação do petista, o uso da “máquina da prefeitura” foi um dos elementos que teriam contribuído para a eleição de ACM Neto, a quem se referiu durante toda a entrevista como “o candidato do DEM”. Pelegrino classificou como “jogo combinado” o apoio do prefeito João Henrique (PP) ao pleiteante democrata, afirmou enfaticamente que “a prefeitura atuou impiedosamente em favor do candidato do DEM” e prognosticou: “Esse negócio da fundação Pierre Bourdieu ainda vai dar muito o que falar”. Segundo ele, “todos os candidatos do PTN, ou quase todos, estão lá registrados nessa fundação como funcionários dela. Essa coisa vai dar um quiprocó que você não imagina”. O deputado voltou a dizer que nos dias que antecederam o pleito foi vítima de “uma campanha mentirosa e insidiosa” e de panfletos apócrifos. Pelegrino foi derrotado nas 6ª e 13ª zonas eleitorais – redutos tradicionalmente petistas e onde reside um grande número de servidores públicos. Questionado se o resultado estaria relacionado a uma eventual resposta nas urnas dos professores e policiais militares ao governo do Estado, o ex-prefeiturável relativizou. “Muitos [eleitores] manifestaram respeito por minha candidatura, dizendo ‘vou votar no outro candidato, mas respeito você’”, relatou. Ele defendeu que o PT retome o diálogo com os eleitores que não votaram no postulante da legenda “por uma zanga qualquer” porque eles “sempre foram nossos eleitores”. Pelegrino disse que vai continuar a trabalhar por Salvador, cidade pela qual milita há mais de 30 anos, voltou a agradecer os mais de 600 mil votos que teve e se disse “emocionado” com a solidariedade e os gestos das pessoas nas ruas. O petista disse ainda que é cedo para pensar em uma candidatura ao Senado em 2014 e rebateu a crítica do presidente estadual do PMDB, o também deputado federal Lúcio Vieira Lima, que qualificou como “infeliz” a sua declaração pós-derrota. “Eu não disse que a cidade não soube votar, eu disse a cidade perdeu, no meu ponto de vista, na minha interpretação, mas isso a gente só vai saber daqui a quatro anos. Eu respeito a vontade soberana dos eleitores. A maioria dos eleitores escolheu o outro candidato e ele é o prefeito eleito”, concluiu.