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Debate Band: Mobilidade e educação são tema de confronto entre prefeituráveis

Por Mariele Góes

Debate Band: Mobilidade e educação são tema de confronto entre prefeituráveis
Fotos: Max Haack / Agência Haack / Bahia Notícias
No terceiro bloco do debate promovido pela Band Bahia, nesta quinta-feira (18), os candidatos continuaram a fazer questões entre si. Por ordem de sorteio, o primeiro a perguntar foi Nelson Pelegrino (PT). Ele voltou a dizer que o ex-governador do Distrito Federal José Robertou Arruda (ex-DEM) afirmou ter desviado dinheiro para a campanha do PFL e a tocar nos gastos do ex-senador Antônio Carlos Magalhães com transporte aéreo e jatos particulares. Por fim, questionou ao candidato do DEM como ele pretendia gerir a cidade sem apoios. ACM Neto rebateu que não há publicação na Veja sobre o caso de Arruda e sim no site, e que a afirmação foi desmentida pela publicação. Ele respondeu que acredita que a cidade pode caminhar com suas próprias pernas e rebateu ao questionar: “O governador e a presidente vão me perseguir, caso eu seja eleito?”. Pelegrino rebateu. “Essa prática de perseguir é do senador Antônio Carlos Magalhâes, que perseguiu Lícide da Mata (PSB) para depois captar a cidade”. O petista disse que há uma necessidade de harmonia entre a prefeitura municipal e as administrações estadual e federal. Ele declarou que, sem essa harmonia, não há condições de Salvador se manter. ACM Neto respondeu que João Henrique não é seu prefeito. Ele apontou que o governador e a presidente não irão perseguir Salvador caso o candidato eleito não seja do mesmo partido que eles e acusou o PT de fazer pressão e campanha baseada no medo. “Um prefeito 'retado' vai chegar no governador e na presidente e conseguir recursos”, afirmou. 
 

 
Em sua vez de questionar, ACM Neto indagou Pelegrino sobre o projeto de mobilidade. “Por que o PT não priorizou o projeto do metrô até Cajazeiras?”, perguntou. Pelegrino relembrou que as alianças do seu adversário administraram Salvador durante seis anos e não conseguiram fazer o metrô funcionar. Ele disse que o democrata está contra os diversos bairros e conjuntos populares localizados no entorno da Avenida Paralela ao criticar a linha 2 do modal. “Eles prometeram metrô para Salvador e deixaram a obra incompleta na gestão de Imbassahy e agora na gestão de João Henrique”, acusou. ACM Neto disse que o petista não explicou claramente porque Cajazeiras não foi inicialmente prevista como destino final da linha 1. “Quem cortou o metrô foi o governo federal, com assinatura de Nestor Duarte, que agora é secretário [Administração Prisional e Ressocialização] de Jaques Wagner. Imbassahy está processando Pelegrino por essa afirmação, que não é verdade”, disse. O petista respondeu que os recursos para conclusão do projeto foram assegurados pelo governo federal, mas as obras não puderam ser terminadas por erros cometidos na gestão de Imbassahy e João Henrique. Pelegrino também acusou ACM Neto de não ter sequer participado das reuniões sobre o modal e classificou as criticas do democrata como “conversa de candidato”.
 

 
Pelegrino foi o próximo a questionar. Ele apontou deficiências na área de educação, causadas por João Henrique e o secretário João Carlos Bacelar (PTN). ACM Neto disse que o petista era obcecado por falar do passado e presente, ao invés do futuro. Ele apontou o governo do Estado como responsável pela pior escola do país, segundo nota do Enem, e pela recente greve dos professores estaduais. “O senhor foi para convenção do PTN e afirmou que João Carlos Bacelar era o mais competente secretário de Educação do país, porque o senhor queria o apoio dele”, afirmou. Pelegrino disse que a Bahia não possui a pior nota do Enem, que a notícia era falsa e foi corrigida no dia seguinte. Ele também apontou que Bacelar preferiu Neto, assim como João Henrique, ao acusar o democrata de “não assumir suas companhias”, que ele classificou como responsáveis pelos erros da gestão atual. “O candidato Pelegrino está com tanto crédito com os professores que teve que recorrer a candidatas a vereadora do seu partido para falar no horário eleitoral, porque os professores mesmo não o apoiam”, ironizou ACM Neto. Mais uma vez, o candidato do DEM apontou os elogios feitos pelo petista para o secretário municipal de Educação e disse não ter problemas com seu passado. “O senhor gosta tanto do meu passado que chamou César Borges e Otto Alencar para te fazer companhia”, alfinetou.
 

 
No seu questionamento, ACM Neto perguntou mais uma vez se o Bolsa Família estava garantido e perguntou o que o petista achava da proposta do governador de implantar cinco pontos de pouso de helicóptero na cidade. Pelegrino rebateu com o argumento de que as eleições estaduais são apenas em dois anos. “Esse papo dele é igual ao do avô dele. O governo dele em outros estados enfrentou greves de professores também”, disse. Pelegrino afirmou estar sempre em contato com o comando de greve, para tentar finalizar a situação, e apontou a ausência do democrata em assembleias de classe. ACM Neto disse que não se interessa pelas eleições estaduais, pois em 2014 ele será prefeito de Salvador. Ele também acusou o candidato do PT de não responder diretamente suas perguntas e voltou a criticar o uso do helicóptero pelo governador. Pelegrino rebateu que os heliportos atendem à demanda da Copa do Mundo e são previstos pela Fifa. O petista também disse que o governo do PFL gastava R$ 18 mil por dia em transporte aéreo, e que esses gastos atualmente são de R$ 600 mil. Pelegrino também apontou melhorias feitas pelo seu partido em transporte urbano e voltou a relacionar o democrata a João Henrique, ao acusar o candidato de não assumir o apoio do atual prefeito.