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Debate Band: Postulantes fazem perguntas diretas e se alfinetam no segundo bloco

Por Mariele Góes

Debate Band: Postulantes fazem perguntas diretas e se alfinetam no segundo bloco
Fotos: Max Haack / Agência Haack / Bahia Notícias
No segundo bloco do debate promovido pela Band Bahia, nesta quinta-feira (18), os postulantes à prefeitura soteropolitana trocaram duas questões entre si. ACM Neto (DEM) foi o primeiro a perguntar, por ordem de sorteio. Ele indagou Nelson Pelegrino (PT) sobre sua gestão na Secretaria de Segurança Pública da Bahia. “Por que o senhor fracassou na tentativa de combater o crime organizado?”, questionou. Pelegrino começou a resposta com o argumento de que “o time que está perdendo” no Estado não é o seu, e sim o do adversário, e exemplificou com as alianças políticas assumidas pelo democrata no segundo turno. O petista afirmou que o candidato do DEM é apoiado pelo atual prefeito, João Henrique (PP). “Ao contrário dele, que só administrou negócios da família, eu fiz administrações bem qualificadas”, disse. O candidato esgotou o tempo de resposta sem concluir seu pensamento. ACM Neto replicou ao se dirigir diretamente ao eleitor e afirmar que Pelegrino tentou esconder sua experiência como titular de pasta. Pelegrino rebateu ao falar que ACM Neto precisa assumir suas relações: “Assuma o PMDB, assuma Geddel”. Ele classificou a aliança do democrata como “um filme já visto” e relacionou a atual situação do Município à parceria. Por fim, rebateu ao dizer que a Bahia ainda tem problemas de segurança pública, mas que o governo tem investido muito no setor. 
 

 
Em seguida, foi a vez de Pelegrino questionar ACM Neto. Ele perguntou o que o democrata achava da saúde em Salvador. Na resposta, Neto afirmou que o petista foi testado e reprovado como secretário e que o mesmo se repete na área. “Você se lembra que o PT indicou dois secretários de Saúde, inclusive o senhor Luiz Eugênio Portela? Sabe quem indicou? Segundo João Henrique, ele foi indicado por Pelegrino”, provocou o prefeiturável, ao relembrar casos polêmicos que envolveram a gestão, como o suposto desvio de dinheiro e o caso Neylton. “Veja que ele não faz críticas ao prefeito João Henrique”, retrucou Pelegrino. “A Saúde de Salvador também era um caos na época de Imbassahy, e também esteve nas páginas de jornais, como no caso Aldeli Rocha”, disse o petista. Ele apontou o Samu e o Programa de Saúde na Família como benefícios relacionados ao seu grupo político e mais uma vez acusou as alianças do candidato do DEM pela situação negativa de Salvador. ACM Neto replicou com o discurso de que o PT esteve mais do que um ano na administração municipal e que ele nunca indicou secretários para João Henrique. O postulante foi interrompido pelos risos do petista, e o democrata pediu respeito. Ele fechou seu pensamento com a lembrança do julgamento do mensalão e acusação de "corrupto" contra o partido do adversário. 
 

 
Em sua vez de perguntar, ACM Neto quis saber de Pelegrino se o Bolsa Família poderia acabar caso ele fosse eleito, ao relacionar a sua questão a boatos que ele afirma ouvir pela cidade. Pelegrino respondeu questões pendentes à pergunta anterior, sobre a saúde. “Quem andava muito ligado a José Dirceu era o senador Antônio Carlos Magalhães”, alfinetou. Ele também lembrou às origens do mensalão: “Ele não fala do mensalão do DEM. Não fala de Demóstenes, que era líder do partido dele, nem de Arruda”. O candidato esgotou o tempo sem responder a pergunta. ACM Neto questionou novamente ao petista o destino do Bolsa Família. “Nem se a presidente Dilma quisesse acabar, ele não poderia, porque ele está garantido na lei”, afirmou o democrata. “Eu defendi a expulsão de Demóstenes e Arruda, diferente do PT”, rebateu ACM Neto sobre os comentários de Pelegrino em relação à corrupção. “Quem fazia homenagens a José Dirceu era o senador Antônio Carlos Magalhães”, retrucou Pelegrino. “O prefeito dele, João Henrique, deixou de cadastrar 22 mil famílias em Salvador”, acusou. O petista também afirmou a falta de políticas para moradores de rua e outras demandas sociais no governo de João Henrique, além de apontar o fim do programa Cidade Mãe. “O Cidade Mãe começou a acabar na gestão de Imbassahy”, indicou. 
 

 
A pergunta seguinte, feita por Pelegrino, foi sobre mobilidade urbana. “O que o senhor acha da gestão do seu prefeito sobre mobilidade e transporte?”, indagou, ao relacionar João Henrique ao candidato do DEM. ACM Neto replicou com a avaliação de que a gestão é ruim, e comparou o morador de Salvador com o governador Jaques Wagner, que vai trabalhar de helicóptero. “Acho a gestão atual muito ruim em relação a transportes, e não venha dizer que João Henrique é meu prefeito. O senhor não fez nada pela mobilidade e o PT muito menos”, diz. “Fiz autocrítica, porque descobri que meu amigo era um fracasso”, respondeu Pelegrino. “O que eles escondem é que gastavam R$ 11 milhões em alugueis de helicóptero”, disse Pelegrino. Ele também acusou ACM, avô do candidato, de gastar altos valores com aluguel de jatinhos particulares. O petista finalizou seu pensamento com a explicação de que pretende colocar a linha 1 do metrô para funcionar, ampliando-a para Cajazeiras, além de construir a linha 2. “A pergunta é: por que não fez?”, rebateu ACM Neto, que pediu cuidado ao se falar de ACM. “Ele não está aqui para se defender”, disse. “Escuto elogios em relação ao senador Antônio Carlos Magalhães, ele lutava pela Bahia”, afirmou. O democrata pediu que o petista mantivesse o bom nível do debate e fizesse apenas afirmações verdadeiras.