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Marca Bahia Notícias

Notícia

Convocados para aulas, professores em estágio probatório temem retaliação do governo

Por Patrícia Conceição

A decisão de convocar professores em estágio probatório e em Regime Especial de Direito Administrativo (Reda) para a retomada das aulas do 3º ano do Ensino Médio na rede estadual provocou polêmica na assembleia-geral de professores, realizada na manhã desta terça-feira (19), no estacionamento da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). Enquanto a categoria decidia os rumos da paralisação, que chega ao 69º dia, os recém-convocados pela Secretaria de Educação do Estado ocupavam o auditório do Instituto Anísio Teixeira (IAT) para conhecer o plano de atividades e os locais de trabalho. Em entrevista ao Bahia Notícias, duas docentes em estágio probatório revelaram que o clima no auditório é de tensão.“Está todo mundo com medo. A não-adesão à greve não é considerada uma falta grave, mas o governo tem usado de formas truculentas e a gente não sabe o que esperar se não atender ao chamado”, contou uma das convocadas, que pediu para não ser identificada. Ela explica que, após a publicação no Diário Oficial, recebeu um telefonema para confirmar sua presença no IAT esta manhã. “A ligação foi nominal e uma mulher, que afirmou falar em nome do secretário de Educação, queria saber se eu havia visto a convocação e estava pronta para voltar às aulas”, relatou. Outra profissional chamada reclamou do modo como a retomada das aulas do 3º ano tem sido conduzida. “Esse alistamento foi compulsório e quem não comparecer pode responder a um processo disciplinar. [...] Então, a maioria está no IAT para saber onde vai dar aula, quantas turmas vai assumir, mesmo sem saber se há condições para isso”, lamentou. A questão foi levada ao comando de greve do movimento e, segundo o presidente da APLB-Sindicato, Rui Oliveira, “a direção da entidade dará suporte aos profissionais”.