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Campos: Crise econômica é “onda que não para”

Por Rafael Rodrigues

Campos: Crise econômica é “onda que não para”
Foto: Max Haack/ Ag. Haack / BN
A estagnação econômica do Brasil registrada no balanço no penúltimo quadrimestre desde ano, divulgada nesta terça-feira (6) pelo Banco Central, é avaliada com preocupação pelo governador Eduardo Campos (Pernambuco). Para ele, o cenário é “limitador” para o fortalecimento de um crescimento sustentável do Nordeste acima do registrado no país, a fim de atenuar as desigualdades regionais. “A gente estava sabendo que 2011 ia ser singelo. Sabíamos que as medidas que foram tomadas para conter a inflação iam afetar o consumo. (...) É uma onda que vai passar por você. Não adianta que ela não para. Então, é preciso ter a compreensão de como vamos viver este ciclo”, analisou. Para enfrentar a crise, o governador cobrou a adoção de medidas protecionistas contra os produtos do “mundo asiático”, entre eles os setores calçadista, têxtil e automotivo. “Há uma ameaça que precisa ser respondida com políticas de proteção, que sejam aceitas pela Organização Mundial do Comércio (OMC), mas que têm de ser tomadas”, cobrou. No caso das montadoras de veículos, em que a proteção tributária já foi adotada, a cobrança é por incentivos à instalação nos estados nordestinos. “Este setor representa 25% do PIB industrial brasileiro, mas das 49 plantas instaladas no Brasil, 42 estão no Sul e Sudeste. Em 60 anos, apenas duas foram para o Nordeste, a Ford (em Camaçari) e a Fiat (em Pernambuco)”, disse. Outra medida eleita como necessária para o enfrentamento da crise, segundo Campos, é a queda acentuada da taxa de juros, que apesar das recentes diminuições, estaria em um nível “impossível de compreender”.