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Marca Bahia Notícias

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Ministro Afonso Florence deve continuar no cargo

Ministro Afonso Florence deve continuar no cargo
Foto: David Mendes / BN
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, que tem sido regularmente incluído na lista dos futuros degolados da reforma ministerial da presidente Dilma Rousseff (PT), deverá permanecer no cargo. A análise foi feita pelo diretor-executivo do Jornal Folha de São Paulo em Brasília, Melchiades Filho, na sua coluna deste domingo (5). “Dilma tem quatro motivos para mexer na equipe: substituir os candidatos a prefeito, esterilizar as pastas atingidas por denúncias de corrupção, trocar os fracos e calibrar a participação dos partidos aliados”, disse. No caso do ministro baiano, que faz parte da cota do governador Jaques Wagner (PT), ele não almeja, até então, participar como candidato do processo eleitoral em 2012 . “Ele de fato teve um ano discreto, mas porque acatou a ordem superior de frear a indústria da desapropriação: desistiu das metas de assentamento, reduziu a autonomia do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e pediu o cadastro de terrenos. Dilma não vilaniza ruralistas nem subestima a importância do agronegócio. Considera a terra um dos principais ativos do país e por isso só defende uma reforma agrária bem planejada, com logística para o combate eficiente à pobreza rural. Por que, então, tirar Florence agora? Para agradar a ala petista mais estridente e próxima dos movimentos Sem-terra? Faz pouco sentido”, questionou. O núcleo agrário da bancada do PT no Congresso Nacional e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) chegaram a distribuir uma nota com críticas a proposta orçamentária da pasta para o ano que vem. Para o colunista, o troca-troca nos ministérios requer muita energia e não há garantia de que o processo tenha o tamanho e o impacto especulados. “Dilma, que não tem inclinação para a micropolítica e até hoje nunca delegou a alguém esse tipo de operação, anda mais preocupada com as perspectivas de desaceleração da economia, no que tem toda a razão”, afirmou.