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Túneis subterrâneos garantem eficiência no trânsito com 'desapropriação mínima'

Por Lucas Arraz

Túneis subterrâneos garantem eficiência no trânsito com 'desapropriação mínima'
Foto: Carol Garcia/ GOVBA

Para completar a missão de unir a orla atlântica de Salvador ao seu Subúrbio Ferroviário, localizado no lado oposto do mapa da capital, o complexo viário batizado de Linha Azul, precisou aderir a passagens subterrâneas para vencer as diferenças no relevo irregular da cidade. Durante o próximo sábado (3), o governo do estado entrega esta nova etapa da linha com a inauguração de quatro túneis subterrâneos que farão a conexão direta entre as avenidas Pinto de Aguiar e Gal Costa. A construção das passagens, apesar de mais caras frente a outras soluções de mobilidade urbana como ampliação de avenidas e construção de viadutos, são a manobra de “melhor custo benefício” na hora de vencer a topografia de Salvador. O diretor de obras estruturantes da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), Sérgio Silva, explica que outras soluções viárias como construção de grandes viadutos e rótulas seriam extensas por conta do relevo e trariam um prejuízo social: a desapropriação de comunidades do entorno. “Levando em conta a topografia da cidade, os túneis são o único meio de ligar as avenidas Pinto de Aguiar e Gal Costa de forma eficiente. Com eles, as pessoas vão fazer o trânsito entre as vias no menor tempo possível e de maneira mais rápida, com maior fluidez de trânsito”. Para construir as “ruas embaixo da terra”, entretanto, a Conder teve que levar em conta a baixa cobertura de três metros que compreende a distância entre a passagem subterrânea construída e as avenidas da superfície. O órgão apostou em um método austríaco de perfuração para driblar a condição delicada chamado New Austrian Tunnelling Method. Já em relação à passagem subterrânea (mergulho) sob a avenida Pinto de Aguiar “fizemos uma escavação invertida. Primeiro cravamos, fizemos uma laje com o pavimento e depois partimos para escavação por baixo”, relatou Sérgio Silva. Todo o processo de execução do serviço foi feito durante a construção da avenida Pinto de Aguiar. A construção da via já deixou o terreno preparado para que, posteriormente, fosse feita a conexão com a Gal Costa por meio das escavações. A Conder avalia que os impactos da ambientais da implementação sejam baixos. “Todas essas obras têm licenças ambientais, mas sem afetar diretamente o rio Pituaçu, neste trecho. A nossa preocupação é na hora de garantir a segurança durante o trabalho para evitar acidentes, mas graças a Deus ocorreu tudo bem. Finalizamos a obra sem precisar interditar a Avenida Paralela”, contou Silva. As duas novas duplas de túneis da Linha Azul prometem melhorar o tráfego nos bairros de Pau da Lima, Sussuarana, São Rafael, São Marcos e Pituaçu. Se seguirem os passos de outras obras do tipo na cidade, as passagens podem ser soluções para problemas graves na mobilidade urbana, como lembra Sérgio Silva. “Antes, no túnel Américo Simas, que liga Avenida Bonocô à Cidade Baixa, a gente tinha muitos acidentes com contêineres na cidade. Depois da inauguração da Via Expressa, em 2013, não me lembro de mais casos assim. Você tirou esse trânsito direto para o Comércio a partir do túnel o jogou na via expressa, que liga a BR até o Porto de Salvador”, pondera.  “[Os túneis] aumentam a produtividade e eficiência do trânsito na cidade”, complementa.