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Após desentendimento com PT e nova líder, Podemos ameaça deixar oposição na Câmara

Por Guilherme Ferreira

Após desentendimento com PT e nova líder, Podemos ameaça deixar oposição na Câmara
Foto: Guilherme Ferreira / Bahia Notícias

A vereadora Marta Rodrigues (PT) já possui um grande desafio interno para contornar como líder da bancada de oposição na Câmara de Salvador depois de ser eleita para o posto nesta segunda-feira (5) (veja aqui). O Podemos ameaça deixar o grupo, tornando-se uma legenda independente dentro do Legislativo da capital baiana, mas ainda compondo a base do governador Rui Costa - assim como acontece com Edvaldo Brito, único integrante do PSD na Casa. A possibilidade surgiu após um desentendimento entre vereadores do Podemos e do PT na reunião que definiu o nome de Marta como líder do bloco. A discussão irritou especialmente o vereador Carlos Muniz (Pode). Segundo ele, havia um acordo para que os vereadores do Podemos votassem em Marta para líder. Em troca, os vereadores do PT votariam nele para 1º vice-líder. No entanto, Suíca (PT) e a própria Marta votaram em José Trindade (PSL), que acabou ficando com o posto. Apenas Moisés Rocha (PT) cumpriu o acordo, votando em Muniz. "Quando chegou na votação, pra minha surpresa, eles não cumpriram o que tinham falado. A gente não pode ter confiança neles. Nem em Suíca nem em Marta. A única pessoa que cumpriu foi Moisés", relatou Muniz em entrevista ao Bahia Notícias nesta terça (6). "Hoje não podemos ser liderados por uma pessoa que falta com a palavra", declarou. De acordo com Muniz, sua vontade é que o Podemos se torne um partido independente na Câmara. As conversas para discutir essa possibilidade devem acontecer logo depois do Carnaval. Também compõem a bancada da legenda na Casa os vereadores Sidninho e Toinho Carolino. "É o interesse que tenho hoje. Tornar, não só o partido o partido, como também outras pessoas como independentes", disse Muniz, citando Trindade, que já declarou que deve deixar o PSL em breve. Ao Bahia Notícias, Marta preferiu não confirmar se havia ou não um acordo para Muniz ser o 1º vice-líder da oposição. "Tiveram as conversas, as conversas foram muito boas", resumiu a vereadora. "Às vezes os ânimos se exaltam, mas nós não estamos disputando uns com os outros", disse a vereadora do PT quando questionada sobre o desentendimento na votação desta segunda. Ela se reuniu com Sidninho - líder do Podemos na Câmara - nesta terça para conversar sobre o assunto, mas assegura que não houve comentários sobre a possibilidade do Podemos se tornar independente. "Não teve nenhuma conversa nesse sentido", afirmou. Uma eventual dissidência provocaria um grande impacto na força da oposição na Câmara. Atualmente com dez membros, o grupo passaria a contar com apenas sete vereadores. Assim como Edvaldo Brito, os representantes do Podemos não deixariam de ser aliados de Rui Costa, mas, oficialmente, não precisariam mais seguir as orientações de Marta Rodrigues. Lideranças dos diretórios municipais do PT e do Podemos também se reuniram nesta terça para debater a questão e tentar contornar o problema, mas o assunto ainda deve se estender até depois do Carnaval.