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Paz na bancada de oposição e MBL motivaram adiamento de projeto do IPTU na Câmara

Por Guilherme Ferreira

Paz na bancada de oposição e MBL motivaram adiamento de projeto do IPTU na Câmara
Fotos: Guilherme Ferreira / Bahia Notícias

A conturbada sessão da Câmara de Salvador desta quarta-feira (13) apresentou um cenário que há algum tempo não era visto na Casa. A bancada do governo teve dificuldades para reunir os votos necessários e um importante projeto de lei encaminhado ao Legislativo pela prefeitura foi adiado (veja mais). A votação da matéria que altera o Valor Unitário Padrão (VUP) do IPTU foi remarcada para a próxima terça-feira (19) pela manhã e fontes da Câmara indicaram ao Bahia Notícias que o adiamento aconteceu especialmente por dois fatores: a paz na bancada de oposição e o envolvimento de vereadores com o Movimento Brasil Livre (MBL). O presidente da Câmara, Leo Prates (DEM), afirmou ao final da sessão que o projeto do IPTU não seria votado nesta quarta em razão de um acordo entre as bancadas. No entanto, ele estaria na verdade disposto a não agravar um desentendimento dentro do grupo da oposição. Durante a maior parte da sessão, os adversários do prefeito ACM Neto estavam confiantes de que o governo não alcançaria os 29 votos necessários para aprovar a matéria. A notícia de que Moisés Rocha (PT) - ausente do plenário até então - concederia o 29º voto a favor da proposta (veja mais) provocou revolta entre os principais vereadores da oposição.




Moisés Rocha foi cercado por membros da oposição ao chegar na Câmara

 

O apoio de Moisés era inesperado. Logo depois de aparecer na Câmara, ele foi convocado para se reunir na sala da bancada de oposição com os demais integrantes do bloco. Caso a votação acontecesse nesta terça com o voto favorável do vereador do PT, o desgaste dentro do grupo poderia ser grave. Com o adiamento da votação, Leo Prates concedeu então uma pequena vitória para a oposição - que há muito tempo não conseguia postergar um projeto importante da prefeitura. Além disso, ele deu alguns dias para os ânimos se acalmarem e Moisés justificar melhor seu posicionamento junto aos aliados. O MBL entra na história por conta da proximidade de Alexandre Aleluia (DEM) e Cezar Leite (PSDB) - ausente na sessão desta quarta - com o movimento. Leite, inclusive, faz parte oficialmente do MBL, defendendo oficialmente pautas do grupo. O braço baiano do movimento já criticou duramente em suas redes sociais o prefeito ACM Neto por conta do reajuste no VUP do IPTU. Para não desgastar sua imagem nem com o prefeito e nem com o movimento, Cezar teria evitado comparecer à sessão. Como existe a expectativa de que tanto Cezar quanto Aleluia devam estar na sessão da próxima terça, e ainda existam rumores de que o vereador do PSDB complicaria sua situação com o prefeito caso a ausência se repita na próxima semana, a base preferiu adiar a votação do projeto.