PR espera habeas corpus para decidir se mantém Rodrigues na presidência do partido
Por Luana Ribeiro
Preso há 15 dias em decorrência das investigações da Operação Chequinho (clique aqui), o presidente nacional do PR, Antônio Carlos Rodrigues ainda não foi afastado do cargo que ocupa na legenda. De acordo com o deputado federal José Carlos Araújo, que preside a legenda na Bahia, a direção da sigla decidiu aguardar o julgamento do habeas corpus do ex-ministro para tomar uma posição. “Ele diz que não tem envolvimento nenhum”, afirma Araújo. “Se ele vai provar isso, aí vai ter que ver isso na Justiça. Se ele não conseguir comprovar, o partido vai tomar outra posição”. O pedido de habeas corpus foi apresentado no último dia 27. Rodrigues é acusado de ter indicado à JBS os destinatários de uma contribuição de R$ 20 milhões ao PR para a campanha de 2014, com o objetivo de reeleger a ex-presidente Dilma Rousseff. A informação foi repassada pelo executivo Ricardo Saud, do grupo J&F. Ainda segundo a denúncia de Saud, nesta época, Anthony Garotinho, que concorria ao governo do Rio pelo PR, estaria pressionando a direção nacional por uma contribuição de R$ 4 milhões – o pedido teria sido encaminhado à JBS por Rodrigues. A companhia acertou então R$ 3 milhões, por meio de um contrato com a empresa do delator André Luiz Rodrigues, a Ocean Link, situada na região de Campos dos Goytacazes, no norte do Rio, cuja prefeita era a mulher de Garotinho, Rosinha.