Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
Notícia
/
Política

Notícia

Avalista de PEC dos gastos, Coronel sofre derrota após articulação do governo

Por Fernando Duarte

Avalista de PEC dos gastos, Coronel sofre derrota após articulação do governo
Foto: Jefferson Peixoto/ Ag. Haack/ Bahia Notícias

O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Angelo Coronel (PSD), sofreu uma ligeira derrota ao colocar em votação a Proposta de Emenda à Constituição que autorizava deputados a apresentar projetos que poderiam gerar custos ao Executivo. A PEC dos gastos, como foi batizada, era avalizada por Coronel, apesar de não ser dele originalmente a proposta. Era a oposição a maior interessada em obter esse direito. A minoria tinha a expectativa de equilibrar as forças com os deputados governistas, únicos alvos de concessões e benesses do governo. No entanto, a proposta esbarrou na articulação política de Rui Costa (PT). Dos 38 votos necessários para aprovar o projeto, a oposição obteve apenas 25, pouco mais do que a composição da bancada. Sinal de que, mesmo que as relações entre governo e deputados nunca ande às mil maravilhas, a articulação política funcionou para derrotar o projeto. Segundo deputados envolvidos no processo, a vitória do governo não significa uma derrota para Coronel, que bancou colocar o projeto em pauta. Eles tratam como uma questão de amadurecimento dos parlamentares, que viram na PEC dos gastos mais uma possibilidade de desgaste com a população. É mais uma estratégia para tentar minimizar que o Executivo influenciou a decisão dos deputados para evitar a criação de leis cujo impacto financeiro seria de difícil previsão. Ao colocar o tema em pauta, Coronel mostrou independência do Legislativo para apreciar matérias que não necessariamente estejam em acordo com o governo. E, mesmo que tenha votado com a base aliada de Rui, o presidente da Assembleia pode considerar a rejeição da PEC como um freio para os ímpetos recentes dele no embate com o governo. Quer ele queira, quer não, publicamente Coronel acabou se tornando o padrinho do projeto. Mas ao menos foi derrotado sem alardes dos deputados e da própria imprensa. Este trecho integra o comentário desta quarta-feira (13) para a RBN Digital, veiculado às 7h e às 12h30, e para as rádios Irecê Líder FM e Clube FM.