PGR recomenda manutenção de prisão de lobista operador das contas de Cunha

A Procuradoria-Geral da República (PGR) recomendou que João Henriques continue preso. Ele é apontado como um dos operadores das contas de Eduardo Cunha. A defesa de Henriques apresentou um habeas corpus pedindo progressão de pena para regime semi-aberto, sob alegação de que ele não representava mais riscos às investigações. A procuradora-geral da República se manifestou, destacando que Henriques continuou intermediando o "recebimento de vantagens indevidas" de Cunha em contas no exterior, ainda após início da Lava Jato. De acordo com o colunista Lauro Jardim, de O Globo, Dodge avaliou que a prisão de Henriques mostra-se necessária porque os recursos ainda não foram recuperados, por causa da ocultação e dissimulação de sua natureza, origem, localização, movimentação e propriedade. Dodge ainda destacou condenações anteriores do operador, o que sugere "personalidade afeita ao cometimento reiterado de ilícitos criminais". O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, deverá decidir sobre o pedido.