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Arquivamento de inquérito recoloca Olegário na disputa pela presidência do TJ-BA

Por Fernando Duarte

Arquivamento de inquérito recoloca Olegário na disputa pela presidência do TJ-BA
Foto: Nei Pinto/ Ascom TJ-BA

A decisão da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ), arquivando o inquérito que investigava o desembargador José Olegário Monção Caldas, recolocou uma carta que estava sendo desconsiderada na disputa pela presidência do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA). Desde a deflagração da Operação Vortigern, que investigava suposto vazamento de informações confidenciais, uma eventual candidatura de Olegário ao comando do Judiciário baiano não estava nas rodas de conversas dos bastidores. Segundo mais antigo da Corte em condições legais de ser candidato, o desembargador disputou em 2015, porém foi derrotado em dois turnos pela atual presidente Maria do Socorro Barreto Santiago. De lá para cá, fez um trabalho paulatino para ser alçado à presidência, que praticamente foi destruído depois que a operação da Polícia Federal foi deflagrada. Por isso o arquivamento do inquérito o realoca na disputa. Olegário teria a predileção de parcela expressiva dos desembargadores mais antigos e o aval do governador Rui Costa. É mais uma reviravolta no processo eleitoral, marcado para o dia 16 de novembro e que começava a ter como favorito o desembargador Gesivaldo Nascimento Britto. Apesar de não figurar no topo da lista de antiguidade no TJ-BA – apenas os cinco mais antigos podem participar da disputa –, Gesivaldo teria se tornado o candidato com maior potencial a partir de um jantar no Palácio de Ondina, na última semana, envolvendo Rui Costa, o ex-governador Jaques Wagner, e os desembargadores Maria do Socorro e Mário Hirs, considerado uma liderança de grosso calibre da Corte. A operação para fazê-lo candidato, no entanto, incluía a desistência de outros desembargadores, entre eles Ivete Caldas, uma caixa de surpresas no xadrez do TJ-BA, o que dificultaria o processo. Com o retorno de Olegário para a disputa, o cenário passa a ser outro, diferente do traçado no jantar palaciano. Ainda que haja certo empuxo para que Olegário obtenha a vitória no pleito, não é certo que o nome dele figure sem dificuldades entre os desembargadores. Internamente é possível que a simples existência do inquérito tente desabonar a candidatura dele e o assunto será trazido à tona pelos adversários. Ele terá um mês para tentar descontruir tais argumentos. Este texto integra o comentário desta sexta-feira (20) para a RBN Digital, veiculado às 7h e às 12h30, e para as rádios Irecê Líder FM e Clube FM.