Temer diz que é alvo de conspiração para deixar Presidência: 'Fatos me convenceram'

O presidente Michel Temer tem convicção de que é alvo de uma conspiração para deixar a Presidência da República. Em carta de defesa que prepara para os parlamentares, o peemedebista diz que não poderia silenciar sobre ataques que "atingiram sua honra". "Jamais poderia acreditar que houvesse uma conspiração para me derrubar da Presidência da República. Mas os fatos me convenceram. E são incontestáveis", diz trecho da carta ao qual a Reuters teve acesso. Entre os fatos demonstrativos estão falas do procurador Ângelo Goulart Villela e do advogado Willer Tomaz, segundo os quais o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, queria tirar Temer do poder. O presidente diz que é vítima de "ataques torpes e mentirosos" e de "gente inescrupulosa". "É um desabafo. É uma explicação para aqueles que me conhecem e sabem de mim. É uma satisfação àqueles que democraticamente convivem comigo", diz Temer. O texto foi concluído na tarde deste domingo (15), durante reunião com os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral), ambos acusados na mesma denúncia da PGR. O marqueteiro Elsinho Mouco e o advogado Eduardo Carnelós também foram ouvidos. O documento deverá ser entregue nesta terça-feira (17).