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Mudanças no secretariado da prefeitura não mudam arranjos de partidos aliados

Por Fernando Duarte

Mudanças no secretariado da prefeitura não mudam arranjos de partidos aliados
Foto: Max Haack / Agecom

O prefeito de Salvador, ACM Neto, anunciou nesta terça-feira (19) as pequenas mudanças que faria no primeiro e segundo escalão do município. Como o próprio frisou antes, foram ligeiras alterações na equipe, que não mexem significativamente no quadro político que compõe a base aliada. Apesar de negar que há cargos reservados para partidos dentro dos escalões soteropolitanos, ACM Neto fez uma rearrumação que não alterou os espaços principalmente do PSDB e do PRB, partidos cujas cotas tiveram as titularidades trocadas. Na Secretaria de Educação, Paloma Modesto saiu sob a justificativa de que retornaria à iniciativa privada. A ex-secretária, todavia, não estava agradando o prefeito e também os responsáveis pela indicação, o tucanato baiano. Para o lugar dela, Bruno Barral, então diretor de iluminação pública, foi alçado à condição de secretário. É da cota de João Gualberto e Jutahy Magalhães Jr. e, inicialmente, não detém a expertise para a área – enquanto esteve na diretoria de iluminação, a formação em engenharia elétrica pelo menos era correlata. O caso do PRB não envolveu demissão. Marcílio Bastos, que foi Secretário de Manutenção de Salvador, voltou ao posto de presidente da Desal após o grupo político ligado à Igreja Universal do Reino de Deus reclamar dele. Segundo informações de bastidores, enquanto esteve na secretaria, Marcílio passou a atender as demandas do chefe de Gabinete, João Roma, também filiado ao partido, ao invés dos interesses da cúpula do PRB. Virgílio Daltro, que estava há algum tempo afastado do cenário político da capital baiana, retornou sob as bênçãos da IURD, agora para cuidar da manutenção do município. As mudanças citadas são apenas no primeiro escalão. No segundo escalão, as novidades não são tão novas. Todos os novos titulares dos cargos já faziam parte da equipe da prefeitura e trocaram de postos. Júnior Magalhães, ligado ao DEM, deixou a coordenação das prefeituras-bairro para comandar a bilionária licitação da iluminação pública, e Shosténes Macedo, uma herança dos tempos de João Henrique, então no PP, na prefeitura de Salvador, saiu da prefeitura-bairro do Subúrbio para a Codesal, de onde saiu preso Gustavo Ferraz. Apenas Ana Paula Matos, que assumiu a coordenação das prefeituras-bairro, não é um nome fortemente associado ao mundo político, ainda que tenha substituído Bruno Reis na Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza quando o deputado saiu para tentar ser vice. Somente Ana Paula não segue a regra política. Os demais cumprem os scripts de indicações de partidos. Mas, ainda assim, ACM Neto vai continuar negando que legendas tenham influência na administração. Não é o que se vê. Este texto integra o comentário desta quarta-feira (20) para a RBN Digital, veiculado às 7h e às 12h30, e para as rádios Irecê Líder FM e Clube FM.