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Salvador recebe workshop 'A essência do jogo interior'; metodologia é precursora do coaching

Salvador recebe workshop 'A essência do jogo interior'; metodologia é precursora do coaching
Foto: Tiago Dias / Bahia Notícias

Salvador receberá, no final de setembro, o workshop "Essentials: A essência do jogo interior", que apresenta a metodologia criada pelo autor best seller e precursor do coaching, Tim Gallwey. A prática será apresentada por três facilitadores: Erick Barcelos, Edson Lima e Loyola Neto. Em entrevista ao Bahia Notícias, Erick explicou a ideia do "Inner Game" (jogo interior), como defende o próprio Gallwey, pode ser aproveitada por "todo mundo que está vivo". "Na verdade, o jogo interior acontece na cabeça de todo mundo. Então vai acontecer na cabeça de um esportista, de um executivo, de um jornalista, de um professor... Em qualquer atividade humana, existem dois ambientes. No externo, a pessoa tem que superar obstáculos externos. No caso do tênis, o jogador tem que superar o oponente, tem que passar a bola para o outro lado da rede, a bola tem que cair dentro da quadra. Na arena interna, a pessoa tem que lidar com obstáculos internos, como dúvida, nervosismo, ansiedade, lápsos de foco. E isso, na prática, acontece em todas as atividades humanas", detalha. A ideia do treinamento, segundo Barcelos, que é Master Coach Trainer e analista comportamental com 18 anos de experiência, é ajudar a pessoa a "desaprender" hábitos mentais que podem atrapalhar determinados resultados e a aprender novos caminhos. O workshop deve funcionar como uma espécie de diálogo e, de acordo com o facilitador, quebra o modelo tradicional de professor e aluno, ao permitir que a pessoa consiga identificar o que pode melhorar no seu dia-a-dia. "Tudo está planejado para que as pessoas façam experiências e aprendam com essas experiências, como se fosse um laboratório para que depois ela possa aplicar na vida pessoal ou profissional", avalia. "Tem gente que pode identificar que quer melhorar o relacionamento, aí vai com essa clareza que algo precisa ser feito nela mesma. O treinamento vai 'startar' um processo de consciência, de autoconhecimento. Ou a pessoa pode ir de mente aberta: 'Vou lá ver como é e depois eu vou ver onde vou aplicar'. Na verdade, você vai aplicar em tudo na sua vida", completa. Para Erick, a metodologia do "Inner Game" se destaca entre as formas de coaching existentes porque parte do princípio que "aprender a aprender é mais importante que apenas ensinar". "O Tim Gallwey mesmo fala que nunca fez uma formação em coaching, mas ele é considerado o precursor do coaching. [...] Em muitas [metodologias], você vai usando ferramentas como se fosse uma linha de montagem. O coaching do Tim Gallwey não está preocupado com isso, está preocupado com que aquela pessoas que está sendo atendida seja vista como um ser humano e você contribui para que ela entre em um processo que nós chamamos de 'mobilidade', que ela entre em movimento de aperfeiçoamento, de melhoria", defende. Tim era estudante de Harvard, mas resolveu trancar a faculdade e buscar um trabalho "livre". À época, ele jogava tênis na universidade e passou a ensinar o esporte a partir do que aprendeu com seus antigos professores. Só que um dia chegou para ele um aluno novo, que já havia passado por dez professores e que ninguém conseguia resolver o seu problema de ter um backhand alto. Tim estava tão cansado que ao invés de passar as orientações que costumava aplicar, pediu apenas que o aluno jogasse e, ao fazer o backhand, olhasse para uma vidraça que havia ao lado da quadra. Foi assim que o jogador admitiu que tinha o problema. A partir daí, Gallwey desenvolveu a metodologia com base em um "triângulo": "consciência", "confiança" e "escolha". E para permitir que a pessoa tenha consciência e confiança para fazer as escolhas certas, o treinamento utiliza o conceito de "self 1" e "self 2". "Dando aula de tênis, ele percebia que o jogador mudava a feição. Além disso, era muito comum o jogador de tênis verbalizar algumas coisas: 'Nossa, você é muito burro', 'Hoje você está pior do que uma lesma'. Ele [Tim] perguntou para alguns jogadores com quem eles estavam falando e a resposta foi: 'Eu estou falando comigo mesmo'. A partir disso, o Gallwey entendeu que existiam duas entidades, o 'eu' e o 'comigo mesmo', que fazem o diálogo interno", detalha Erick. O facilitador explica que enquanto o "self 1" fica enviando comandos e cobranças, mas acaba atrapalhando o "self 2", que não consegue lidar com as interfeências que recebe o tempo todo. O método, então, visa diminuir a ansiedade, o nervosismo e a dúvida do "self 2", diminuindo a interferência do "self 1". A partir disso, Tim criou uma fórmula: performance é igual a potencial menos interferência. "Então no treinamento a pessoa vai buscar identificar as interferências que ela mesmo gera e conseguir diminuir isso. Se ela conseguir, o potencial vai ficar mais visível e a performance vai ficar melhor", aponta Erick, exemplificando um erro que pode ser corrigido a partir do "Inner Game". "Empresas sempre investem nos colaboradores para que eles tenham uma performance melhor, mas geralmente os treinamentos são para desenvolver potencial. Quase nunca são para diminuir interferência. Então às vezes esse colaborador passa por diversos treinamentos e não muda significativamente". Segundo Erick, isso acontece porque a interferência na verdade acaba aumentando, já que a pessoa passa a se cobrar ainda mais. Para mais informações sobre as inscrições para o workshop "Essentials: A essência do jogo interior", basta entrar em contato pelos números (71) 3452-7571 ou 9207-4459.