Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
Notícia
/
Geral

Notícia

Deputado pede abertura de CPI para investigar grampo em ex-desembargadores do TJ-BA

Por Bruno Luiz / Júlia Vigné

Deputado pede abertura de CPI para investigar grampo em ex-desembargadores do TJ-BA
Foto: Bruno Luiz / Bahia Notícias

O deputado estadual Soldado Prisco (PPS) pediu a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) solicitando que seja investigada a implantação de escutas nos telefones de dois desembargadores aposentados do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), do governo. De acordo com o deputado, os desembargadores aposentados Clésio Rômulo Carrilho Rosa e Daisy Lago Ribeiro Coelho foram grampeados sob ordenação da cúpula da SSP. "Eles pegaram equipamentos da SSP e repassaram para um civil que grampeou os desembargadores ilegalmente", afirmou. Ainda de acordo com o parlamentar, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) identificou o civil e encaminhou a investigação para o Ministério Público Federal e para o Superior Tribunal de Justiça. Os desembargadores possuem foro privilegiado e, por conta disso, apenas podem ser grampeados a mando do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Portanto, caso o grampo realmente tenha sido realizado, o ato seria considerado inconstitucional. Dentre os acusados estão dois civis, acusados de terem implantado o grampo, e quatro advogados ligados à Operação Leopoldo do MP-BA (veja aqui). A Operação foi deflagrada para desarticular um suposto esquema de propina para que uma decisão favorável fosse proferida à uma causa de R$ 500 milhões. Uma CPI será aberta para investigar o caso na AL-BA. "Pedimos a abertura de uma CPI para investigar. É um caso gravíssimo, foi um grampo ilegal, que não foi autorizado pela Justiça", afirmou. As vinte e uma assinaturas serão colhidas nesta terça-feira (22), para que o procedimento possa ser aberto na AL-BA.