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Corte de R$ 53 milhões põe em risco previsão do tempo e atrasa lançamento de satélite

Corte de R$ 53 milhões põe em risco previsão do tempo e atrasa lançamento de satélite
Supercomputador que precisa ser trocado | Foto: Divulgação/Inpe

O déficit de R$ 53 milhões no repasse do Ministério da Ciência e Tecnologia para o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) em 2017 pode comprometer as pesquisas e serviços feitos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Com o corte, o lançamento de satélites e a previsão do tempo podem ser comprometidas. O Ministério afirma que o "contingenciamento de verba" é realizado por conta da queda de arrecadação. O Inpe informou que o instituto apenas foi informado em junho que o planejamento de gastos deveria ser realizado com 44% a menos. Nos últimos cinco anos, o menos valor recebido pelo instituto foi de R$ 96,8 milhões. A situação mais delicada, apontada pelo diretor Ricardo Galvão é a do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec). O centro faz a previsão do tempo do país e necessita de R$ 17 milhões anuais para manter o serviço. Esse ano o orçamento é de R$ 7 milhões. Um supercomputador que faz a medição teria que ser trocado mas por conta da falta do orçamento a compra acabou sendo adiada. O equipamento antigo vai passar por reparos emergenciais, mas qualquer defeito pode suspender o serviço. Só de energia o centro gasta R$ 6 milhões. “A gente tenta medidas alternativas, mas é um risco. Não queremos pensar nessa hipótese, mas com qualquer problema não teríamos como bancar um reparo. Estamos também tentando uma parceria para implantar painéis solares e reduzir os custos de energia, mas precisaríamos de patrocínio”, explica Ricardo Galvão, diretor do Inpe. Acordos de cooperação internacionais como o satélite Cbers-4A, feito com a China, que foi atrasado, A parte do projeto que cabe ao Brasil deveria ser concluída para o lançamento até 2018, mas teve de ser adiado porque não há verba para compra de equipamentos. “Estamos falando em atraso porque ainda há a esperança de que pelo menos metade da verba contingenciada seja repassada até outubro. Mas segundo o ministério, isso depende de uma melhora na economia nacional. Se isso não acontecer, teríamos que cancelar projetos”, conta Galvão.