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PSOL defende obstrução de denúncia contra Temer: 'Se ele tiver os 342 votos, ele bota'

Por Fernando Duarte, de Brasília / Ailma Teixeira

PSOL defende obstrução de denúncia contra Temer: 'Se ele tiver os 342 votos, ele bota'
Foto: Fernando Duarte / Bahia Notícias

Na véspera da votação da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), a oposição ainda não definiu se vai tomar um posicionamento conjunto na Câmara. Enquanto o PCdoB prefere marcar presença no plenário, PT e PSOL defendem não dar quórum. "Se ele [Temer] tiver os 342 votos, ele bota o quórum e vai ser votado, mas a oposição não deve fazer isso. É um grave equívoco dar esse trunfo pra o governo porque o governo tem os 172 votos ou 240, que seja, então ele vai se sentir vitorioso e dizer: 'venha, a próxima denúncia nós matamos no peito'", afirmou o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP). Para ele, a derrocada do governo pode acontecer a qualquer momento com uma possível delação do doleiro Lúcio Funaro, do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ou do ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). Valente menciona ainda a segunda denúncia, que deve ser apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O pensamento conjunto, como explicitado pelo parlamente, é de que a atuação do governo Temer é "sem precedentes", já que o acusam de vender as pautas da gestão. "Essa lógica fisiológica e corrupta de ganhar deputados por emendas, por cargos, por benesses já é conhecida. Só que agora ela está acompanhada também de negociação de pauta, então nós estamos assistindo ao maior retrocesso da pauta política. Com os ruralistas é o retrocesso ambiental, é licenciamento, é o fim das florestas nacionais. Na questão da bancada da bíblia é a questão do aborto, o estatuto do nascituro. Na questão da bancada da bala, que eles querem cooptar, é o estatuto do desarmamento", critica Valente. De acordo com o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), a legenda vai se reunir ainda nesta terça (1º) e, em seguida, discutir uma estratégia com os demais partidos da oposição. A votação está prevista para ocorrer nesta quarta-feira (2).