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'Férias' dos Legislativos trazem calmaria momentânea para ambiente político

Por Fernando Duarte

'Férias' dos Legislativos trazem calmaria momentânea para ambiente político
Foto: Reprodução/ TripAdvisor

As duas próximas semanas tendem a ser menos tensas no ambiente político. No plano nacional, Câmara dos Deputados e Senado têm uma pausa até o começo de agosto, porém a efervescência – ou a ebulição – do governo de Michel Temer deve permanecer no noticiário, ainda que não haja sessões no Congresso Nacional. Temer, todavia, conseguiu “calar” os insatisfeitos da base com liberação de R$ 15 bilhões em recursos para obras nos estados e por meio de emendas parlamentares. Era a sobrevida necessária para passar pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara, que rejeitou a denúncia contra Temer feita pela Procuradoria-Geral da República. Brasília não estará completamente às moscas graças a necessidade constante do governo se manter, e da oposição em manter qualquer posicionamento contrário à estabilidade política. Por mais que se esforcem em negar, os integrantes do governo sabem que são, tanto quanto Dilma Rousseff o foi no processo de impeachment, reféns de um Congresso cuja índole é tão questionável quanto o fato de um parlamentar permanecer como deputado ainda que cumpra pena em regime semiaberto por desvios de recursos do erário público. Se no plano federal, o ambiente é instável, o mesmo não se pode falar da Bahia – e de Salvador. A Assembleia Legislativa da Bahia está em recesso desde o final de junho e sequer promove qualquer tipo de tensão para o governador Rui Costa. No máximo, atrasa votações de projetos encaminhados pelo Executivo e se dá por satisfeita com a liberação de ambulâncias das emendas impositivas a que os deputados têm direito. O céu de brigadeiro de Rui, no entanto, não é tão doce assim para o prefeito de Salvador, ACM Neto. A oposição na Câmara de Vereadores da capital baiana tem conseguido barulho maior do que a expectativa. Em especial quando se observa, nos bastidores, a construção de um jogo para atrapalhar as eventuais perspectivas eleitorais do prefeito para 2018, como explicou o repórter Guilherme Ferreira na última semana. Liderados por um fiel seguidor de Rui, José Trindade, os vereadores da oposição querem minar qualquer nova tentativa de reforço do caixa da prefeitura de Salvador. Para a sorte do prefeito, o governo municipal não passa nem perto da delicada situação em que se encontra Temer no Palácio do Planalto, o que permite sufocar as tentativas de tornar o Executivo soteropolitano refém do Legislativo. Porém, Temer, Rui e ACM Neto têm algo em comum nos próximos dias: “férias” dos palanques daqueles que deveriam fiscalizar os trabalhos deles. Este trecho integra o comentário para a RBN Digital, veiculado às 7h e com reprise às 12h30.