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Estratégia de Rui contra adversários passa por 'colar' Geddel a ACM Neto

Por Fernando Duarte

Estratégia de Rui contra adversários passa por 'colar' Geddel a ACM Neto
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias

O governador Rui Costa, candidatíssimo à reeleição, já tem um dos pilares definidos para a campanha de 2018 – ainda que jamais isso seja explicitado aos eleitores. O petista vai usar e abusar de estratégias para “colar” o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), preso na última segunda-feira (3), ao prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), virtual adversário dele na corrida para permanecer no Palácio de Ondina. Geddel e ACM Neto uniram forças no segundo turno da campanha eleitoral de 2012, quando o democrata foi eleito pela primeira vez para a prefeitura de Salvador. Até então adversários no campo político, PMDB e DEM estreitaram laços e, desde então, passaram a ter ligações mais “íntimas”, ao ponto do prefeito filiar um pupilo e aliado direto, Bruno Reis, ao partido sob o comando do clã Vieira Lima. Em 2014, quando chegou a haver certa tensão sobre a escolha do candidato ao governo da oposição a Wagner, Geddel e ACM Neto encontraram um denominador comum e marcharam juntos contra Rui Costa. Dois anos depois, Reis, já no PMDB, foi escolhido como vice do prefeito e potencial substituto caso ACM Neto confirme a candidatura ao governo em 2018. Somem-se as alianças em Feira de Santana, na dobradinha DEM-PMDB, e em Vitória da Conquista, que rendeu a terceira maior prefeitura a um peemedebista. São essas aproximações e ligações que os aliados de Rui pretendem investir para atrelar o principal adversário do governador, ACM Neto, à figura de Geddel, desgastado por uma prisão – ainda que venha estar livre quando as urnas forem fechadas. Por mais que haja esforço, o prefeito de Salvador não conseguirá se desvencilhar facilmente desses laços estreitos com o PMDB, que também segue acossado pela Justiça no plano federal e ainda assim mantém o apoio do DEM. Rui só não poderá ser muito enfático nas críticas. Com o PT envolvido também em outros escândalos, o telhado de vidro dos adversários pode ser mais fino que o do governador. Na escala política, todavia, até penas podem quebrar cristais se tocarem no ponto certo. Este texto integra o comentário para a RBN Digital, veiculado às 7h, com reprise 12h30.