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Projeto Casa da Mulher Brasileira foi paralisado após chegada de Temer ao Planalto, diz SPM

Por Bruno Luiz

Projeto Casa da Mulher Brasileira foi paralisado após chegada de Temer ao Planalto, diz SPM
Foto: Divulgação

A Casa da Mulher Brasileira de Salvador segue sem prazo para inauguração na capital baiana. Considerada uma inovação no atendimento humanizado às mulheres, a iniciativa, lançada pelo governo da ex-presidente Dilma Rousseff, deveria começar a ser implementada desde 2014. Em entrevista ao Bahia Notícias, a secretária Municipal de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude, Taíssa Gama, estimou que o centro seria aberto até o fim deste ano e que a secretária Especial de Políticas para Mulheres do governo federal, Fátima Pelaes, informou o encaminhamento adiantado do projeto (veja aqui). Entretanto, de acordo com a secretária estadual de Política para Mulheres, Julieta Palmeira, a história não é bem assim. Mesmo com projeto arquitetônico pronto e espaço para construção definido, não há previsão de quando a obra começará porque o andamento do projeto pelo Brasil simplesmente foi paralisado após a chegada de Michel Temer ao Palácio do Planalto. Em entrevista ao Bahia Notícias, Julieta afirmou que, com a letargia, o prazo do convênio para liberação da verba de construção expirou e, com isso, o projeto terá que recomeçar. “Assim que a presidenta Dilma parou, não foi adiante [a Casa da Mulher Brasileira]. Assim que a assumi a pasta, há quatro meses, estou batalhando porque, para a gente construir, já está com tudo aprovado. O projeto estava pronto, inclusive economicamente e o prazo expirou. Estamos nos dirigindo ao governo federal há alguns meses e estamos esperando resposta”, contou, sem dizer, no entanto, qual o valor liberado pelo governo federal para construção da Casa, que ficará em um terreno próximo ao hospital Sarah Kubitschek, na Avenida Tancredo Neves. A iniciativa surge de um convênio entre governo federal e estadual. A União ingressa com recursos para realização da obra, enquanto a administração estadual precisa fornecer terreno e arcar com custos de manutenção das atividades da Casa. De acordo com informações que constam no site do governo federal, a iniciativa integra no mesmo espaço serviços especializados para os mais diversos tipos de violência contra as mulheres: acolhimento e triagem; apoio psicossocial; delegacia; Juizado; Ministério Público, Defensoria Pública; promoção de autonomia econômica; cuidado das crianças – brinquedoteca; alojamento de passagem e central de transportes. “A ideia é evitar essa peregrinação das mulheres por vários órgãos para receber atendimento”, destacou Julieta, acrescentando que o objetivo da Casa é atender mulheres de todo o estado. Para a secretária, a falta de avanço do projeto demonstra um retrocesso do governo Temer em relação às políticas para mulheres. “Ele retirou orçamento para gastos com atendimento a mulheres violentadas. Quando você tira o que já é pouco, você tira na carne, não tira a gordura. É um projeto que não pode ficar refém das mudanças políticas. Há um retrocesso nas políticas brasileiras”, criticou. Neste ano, o valor autorizado para a rubrica foi de 61% no comparativo a 2016 – de R$ 42,9 milhões para R$ 16,7 milhões.