Rui aponta prejuízos com instabilidade do governo federal, mas não pede saída de Temer
Por Luana Ribeiro / Ailma Teixeira
Em meio a maior crise institucional do governo Michel Temer (PMDB), o governador Rui Costa (PT) prefere não ser incisivo quanto a saída ou permanência do peemedebista na presidência do país. No plano nacional, a expectativa do Partido dos Trabalhadores é de que a chapa Dilma-Temer seja cassada para que sejam convocadas eleições diretas. "Eu prefiro, nesse momento, não emitir opinião do ponto de vista se mantém, se cassa... O que eu acho é que o país aprofunda sua crise e eu estou buscando com outros governadores, tentando fazer uma reunião pra que a gente possa avaliar qual a melhor saída para o Brasil", afirma o governador baiano. Ainda assim, Rui não deixa de ser crítico quanto às implicações do atual quadro político do país para o desenvolvimento econômico. Ele conta que, em um encontro com um investidor internacional para pedir celeridade na definição dos investimentos para a Bahia, ouviu: "Você consegue me dizer quem é o presidente da República daqui a 40 dias?", relatou. "Ou seja, essa indefinição, essa insegurança tem paralisado o país e paralisado as decisões de investir, seja do capital nacional, seja do internacional", frisa. Para o petista, o país deve focar em encontrar uma solução que lhe garanta de volta estabilidade e governabilidade até dezembro de 2018.