Protesto contra Temer reúne poucas pessoas no Campo Grande neste domingo
Por Renata Farias / Bruno Luiz
Uma manifestação contra o presidente Michel Temer é realizada na tarde deste domingo (21), no Campo Grande, em Salvador. O ato, que faz parte de um movimento nacional, foi convocado por centrais sindicais e movimentos sociais, como a Frente Brasil Popular (FBP), após a divulgação das delações de executivos do frigorífico JBS. Nelas, os proprietários Joesley e Wesley Batista acusam Temer de dar anuência à compra de silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso em Curitiba, e também de embolsar propina. Na capital baiana, o protesto - marcado inicialmente para 13h, mas com horário modificado para as 15h - ainda reúne poucas pessoas na Praça Campo Grande. Segundo Reinaldo Soares, um dos participantes do ato, é preciso arrancar “na tora” o presidente Temer da Presidência da República e realizar também eleições diretas. “Está claro que esse Michel Temer dava mala de dinheiro pra comprar o silêncio de Cunha. Está envolvido ele, Aécio Neves, uma quadrilha no Congresso. O povo não pode aceitar um presidente que diz que não quer sair. Tem que arrancar ele na tora. Estamos aqui querendo diretas já para presidente. Vamos restabelecer a democracia no país”, afirmou. Em pronunciamento realizado na tarde de sábado (20), Temer negou as acusações feitas pelos delatores e ressaltou, como havia feito em outro pronunciamento na quinta, que não renunciaria. Ainda de acordo com Soares, a ideia é que o ato saia da Praça do Campo Grande, “invada o Corredor da Vitória” e termine nas proximidades do Farol da Barra. Apesar da quantidade de pessoas ainda pequena, o esquema de segurança para o protesto está reforçado. “O esquema foi montado com efetivo da unidade que cobre a área. O objetivo é assegurar o direito à manifestação”, afirmou o major Elson Pereira, da Polícia Militar. Ainda não há estimativa de público no local. Atos contra Temer foram registrados também no Rio de Janeiro, Manaus (AM), Juiz de Fora (MG), Goiânia (GO), Campo Grande (MT), Belém (PA) e Belo Horizonte (MG).