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Égalité: Poder Executivo no Brasil passa longe dos 50% de mulheres em ministério francês

Por Fernando Duarte

Égalité: Poder Executivo no Brasil passa longe dos 50% de mulheres em ministério francês
Foto: Reprodução/ Eugène Delacroix

Se os ideais iluministas serviram para propagar a liberdade na América, a indicação de 50% de mulheres para o ministério do novo presidente francês, Emmanuel Macron, poderia contaminar também os Poderes Executivos nas terras do além-atlântico. Apesar de corresponderem a mais da metade da população brasileira, as mulheres são, numericamente, sub-representadas nas esferas de decisão. Até existem tímidos esforços para tornar mais equilibrada a disputa por espaços de poder, a exemplo da criação de uma cota para candidatas do sexo feminino em eleições para o legislativo. Sem resultado prático. Enquanto nas câmaras e assembleias o número é pífio, nas secretarias e ministérios chega a ser infame, se observada a proporção de mulheres na população brasileira. Tal constrangimento é compartilhado por partidos de qualquer inclinação política, desde o PMDB no Palácio do Planalto ao DEM no Thomé de Souza, passando pelo PT em Ondina. A Esplanada de Michel Temer (PMDB) tem apenas a baiana Louislinda Valois entre os 25 ministros; Rui Costa (PT) tem três secretárias mulheres, Olívia Santana, Fabya Reis e Julieta Palmeira em 24 pastas; e ACM Neto quatro, Tia Eron, Taíssa Gama, Ivete Sacramento e Paloma Modesto, dentre 17 secretarias. É muito pouco para as mais de 4 milhões de mulheres a mais que homens no Brasil; 300 mil na Bahia; e quase 200 mil em Salvador. Para governantes cujos discursos pregam o fim das desigualdades, há muito o que se fazer para tentar tornar igual a participação de homens e mulheres nas esferas de decisão. Que os ventos franceses voltem a soprar na terra brasilis no século XXI tanto quanto inspirou a independência dos povos americanos há mais de 200 anos.