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Nome 'greve geral' para manifestação de sexta é simbólico, afirma pesquisador

Por Júlia Vigné

Nome 'greve geral' para manifestação de sexta é simbólico, afirma pesquisador
Foto: Reprodução / Pós-Com Ufba

A paralisação que ocorrerá na próxima sexta (28) utiliza o nome de “greve geral” em referência ao simbolismo do uso histórico do nome e não pelo fato de ser uma greve geral efetivamente, avaliou o pesquisador e professor de Comunicação e Política, Wilson Gomes. Para ele, é “muito difícil imaginar que todas as categorias parem”. “É uma possibilidade rara ter uma greve geral. Já era raro em outra circunstância parar todo mundo, parar tudo. Pensar nisso é fácil, já efetivar é muito difícil. Mal consegue-se parar duas categorias inteiras. A última greve geral efetiva que eu vi foi durante a ditadura militar”, afirmou Gomes. Para o professor, o que está se solicitando é uma greve geral e “não se sabe” o que deverá ser entregue. “Não consigo imaginar o Brasil inteiro parando na sexta em protesto contra o governo Temer. Mas, sendo greve geral ou não, se de fato conseguir mobilizar uma quantidade expressiva de pessoas, pode sinalizar para outras pessoas a importância da mobilização”, sinalizou o pesquisador.  O fato de o ano ser pré-eleitoral também influencia no impacto da paralisação. “Como estamos em um ano pré-eleitoral, é claro que isso dá uma informação clara para os legisladores, que neste ponto já são candidatos, de qual pode ser a conta a pagar. O ajuste com a população. Mas tudo depende da efetividade do ato”, ressaltou. Para ele, a greve poderá surtir efeitos se um contingente expressivo realmente aderir à pauta. “Caso um contingente expressivo parar na sexta, a paralisação será exitosa. Mas será que conseguiremos um contingente expressivo parando na sexta-feira? Eu não sei. Tenho dúvidas”, avaliou.