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Duda Mendonça pediu imóvel em Salvador, mas recebeu ‘bufunfa’ da Odebrecht, diz delator

Duda Mendonça pediu imóvel em Salvador, mas recebeu ‘bufunfa’ da Odebrecht, diz delator
Foto: Bernardo Hélio/ Câmara dos Deputados

Um dos 77 executivos delatores da empreiteira Odebrecht, Hilberto Mascarenhas, responsável pelo departamento de operações estruturadas da empresa, disse em depoimento que o marqueteiro baiano Duda Mendonça solicitou um apartamento em Salvador como parte de seu pagamento por ter atuado na campanha de Paulo Skaf (PMDB) ao governo de São Paulo, em 2014. "Ele veio me solicitar que eu compasse para ele um apartamento em Salvador, num prédio novo que está lançando lá, que custava R$ 6,5 milhões, R$ 7 milhões. Disse: 'Compra um apartamento pra mim e nós estamos quites'", relatou o ex-executivo em depoimento na ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), segundo a Folha de S. Paulo. O executivo, entretanto, negou o pedido. "Como é que eu compro oficial um apartamento, boto no ativo da empresa, depois transfiro para o Duda Mendonça? Pelos seus belos olhos? Não existe, Duda, esqueça", enfatizou Hilberto. Com a negativa, o marqueteiro pediu que a empresa comprasse cavalos, segundo o delator. "Olha Duda, não teremos fruto nessa reunião. Interrompa, vá embora, mande seu filho voltar aqui amanhã com outro tipo de mente, raciocínio, porque o que você vai receber é bufunfa, ou aqui ou em conta no exterior", explicou Hilberto. Depois, o repasse da “bufunfa” foi negociado entre o filho de Duda e Fernando Migliaccio, funcionário de Hilberto. Ele disse que foi acertado um repasse de R$ 10 milhões para a campanha de Paulo Skaf e que R$ 6 milhões deles foram pagos à Mendonça. O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, disse ter total desconhecimento do assunto e afirmou considerar um absurdo as informações de que despesas de sua campanha política foram pagas com recursos de caixa dois. Procurado pela reportagem, o marqueteiro Duda Mendonça não respondeu às mensagens enviadas nem os contatos feitos pela reportagem. Já a Odebrecht informou que não iria se pronunciar.