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Projeto do VLT no Comércio acende polêmica sobre preservação de árvores centenárias

Por Bruno Luiz

Projeto do VLT no Comércio acende polêmica sobre preservação de árvores centenárias
Foto: Divulgação
O projeto do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Salvador deve provocar polêmica junto a entidades de arquitetura e urbanismo da capital baiana por causa do trajeto previsto para o modal. Segundo a Secretaria Estadual da Casa Civil, a partir de determinado trecho, o trem passará a transitar pelo atual canteiro central da Avenida da França, no bairro do Comércio. Entretanto, o local possui árvores centenárias e, para a instalação do modal, elas precisariam ser derrubadas. A presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil – Bahia (IAB-BA), Solange Araújo, criticou a possível retirada das árvores, caso o atual projeto seja executado. “Em princípio, somos contrários a esta retirada. Temos todos os motivos para defender a preservação delas”, afirmou em entrevista ao Bahia Notícias, destacando, no entanto, ainda não ter tido acesso ao projeto. Solange ainda relatou ter se reunido no ano passado com o secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, para discutir os termos da implantação do modal e que vai pedir acesso ao inteiro teor do projeto. Questionada pela reportagem sobre o que faria para minimizar o impacto das árvores derrubadas, a pasta informou que “haverá o replantio de um maior número de árvores”, como ocorrido nas obras do metrô, na Paralela. Para a presidente do IAB-BA, entretanto, “o replantio não é a mesma coisa”. “Eles sempre justificam que mandam demolir porque as árvores estavam doentes, entre outras coisas. Mas eu acho que existem possibilidades de se trabalhar sem derrubar as árvores”, defendeu, ao questionar também o projeto do metrô na Paralela, segundo ela, de “grande impacto paisagístico”. O VLT, que vai substituir os trens do Subúrbio, terá a via instalada da Avenida São Luiz, no bairro de Paripe, até o Comércio, com aproximadamente 19 km de extensão. O trajeto do modal será de Paripe até a Calçada. Segundo a Casa Civil, o VLT seguirá o mesmo caminho do atual trem. Da Calçada até o Comércio (na altura da Polícia Federal), o modal transitará do lado direito. A partir dali, assume o canteiro central da Avenida da França. No trajeto, são 21 paradas: Comércio, França, Porto, São Joaquim, Calçada, Baixa do Fiscal, Santa Luzia, Suburbana. Lobato, União, São João, Plataforma, São Braz (Mocotó), Itacaranha, Escada, Praia Grande, Periperi, Setúbal, Coutos, Paripe e São Luiz. A expectativa é de que o VLT beneficie diretamente mais de 600 mil moradores do Subúrbio Ferroviário de Salvador.