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Operação Blackout: Senador recebia propina e distribuía para colegas, afirma força-tarefa

Por Bruno Luiz

Operação Blackout: Senador recebia propina e distribuía para colegas, afirma força-tarefa
Foto: Reprodução/ G1

Os operadores financeiros Jorge Luz e o filho dele, Bruno Luz, alvos de mandados de prisão preventiva na Operação Blackout, a 38ª fase da Lava Jato deflagrada nesta quinta-feira (23), têm ligação com o PMDB e repassaram para agentes políticos propina em valores de variam entre US$ 300 mil e US$ 6 milhões. Os nomes de políticos não foram mencionados, já que eles possuem foro privilegiado. O procurador Diego Castor de Mattos afirmou que os operadores movimentaram cerca de US$ 40 milhões: 80% para a diretoria internacional da Petrobras; para Cerveró, US$ 2,5 milhões. Os agentes envolvidos são senadores, ainda no cargo. "Às vezes, nem os próprios colaboradores sabem quem são esses agentes", disse. O dinheiro era destinado a um senador, que o distribuiria para os demais. De acordo com informações fornecidas pela força-tarefa da operação em entrevista coletiva nesta manhã, a dupla usava contas offshore no exterior, em locais como Suíça e Bahamas, para operar a propina. Segundo Mattos, a questão da evasão do país, sem um retorno identificável, foi um dos fatores que levaram à decretação da prisão preventiva. Ainda conforme a força-tarefa, há um acervo de provas de que eles estão envolvidos em crimes ligados com a Petrobras, no valor de milhões de dólares. Os operadores atuavam principalmente na área internacional da Petrobras, de indicação política do PMDB. Em um dado momento, o ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa, disse que foi obrigado a destinar propinas, além do PP, para o PMDB. A Schahin Engenharia também estaria envolvida em repasses. O delegado da PF Maurício Moscardi Grillo afirmou que Bruno Luz teria nacionalidade portuguesa. Ele e o pai são considerados foragidos. Os dois estariam nos Estados Unidos.