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Para deputados, almoço de Nilo pode ter sido ‘tiro no pé’ em disputa pela presidência

Por Rebeca Menezes

Para deputados, almoço de Nilo pode ter sido ‘tiro no pé’ em disputa pela presidência
Foto: Max Haack/ Ag.Haack/ Bahia Notícias
A eleição para a presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) só ocorrerá daqui a dois meses, mas o clima de disputa, principalmente nos bastidores, já começa a se intensificar. Até o momento, poucos confirmam abertamente se apoiarão a quinta reeleição de Marcelo Nilo (PSL) ou vão optar pela “oxigenação” da Casa com candidaturas como as de Ângelo Coronel (PSD) e Luiz Augusto (PP) – que fizeram um acordo de apoiar um ou outro, a depender de quem tiver mais condições de ganhar uma disputa contra o atual presidente. Com a “parceria” entre os dois concorrentes “novatos”, PP e PSD já somam 13 nomes. Já Nilo decidiu realizar um almoço nesta terça (6) para discutir sobre a campanha e indicar eventuais apoiadores (veja aqui). Porém, para seus concorrentes, o chefe da AL-BA pode ter dado um “tiro no pé” ao reunir os parlamentares. Para Coronel e Augusto, Nilo mostrou já estar desgastado ao não levar sequer o número mínimo necessário para garantir a vitória – ou seja, 32 deputados. No encontro, 27 foram ao restaurante e outros dois apenas ligaram para agradecer ao convite. Nas últimas eleições, contudo, o presidente do PSL conseguiu reunir ao menos 40 deputados em seu almoço, o que acabou levando seus concorrentes a retirarem as candidaturas. Além disso, Nilo pode cometer um equívoco se considerar como garantidos os votos daqueles que reuniu. Nos bastidores, parlamentares garantem que alguns dos presentes só foram ao restaurante pelo almoço – isso inclui o Pastor Sargento Isidório (PDT), que aproveitou a comida, apesar de ter mantido a sua candidatura ao cargo máximo da Casa (entenda aqui). Por enquanto, Nilo aponta 28 nomes confirmados ao seu lado: os do próprio partido; os do PT, PSB e PCdoB, que fecharam questão para apoiar o atual presidente mais uma vez; Alex Lima (PTN); e Targino Machado (PPS), com quem tem uma relação mais próxima. Com a base governista dividida, a oposição se torna peça chave no processo. O grupo reúne 19 votos e deve votar em bloco, mas ainda não anunciou oficialmente quem apoiará. Os oposicionistas chegaram a ensaiar uma candidatura própria, indicada pelo deputado Marcell Moraes (PV), que no contexto atual parece cada vez mais distante. Caso os governistas não cheguem a um nome de consenso, a oposição ganhará mais força e pode se tornar peça chave para o resultado – o que aumentará sua capacidade de negociar mais espaço na AL-BA. De olho em uma vaga pelo Senado em 2018 (leia mais aqui), Nilo ainda demonstra estar tranquilo. Porém, pelo clima da Casa, tudo indica que o “hexa” ainda não está garantido.