Derrotado nas urnas, eleição de João Henrique é 'impossível', diz especialista
Foto: Claudia Cardozo/ Bahia Notícias
A candidatura frustrada do ex-prefeito de Salvador João Henrique (PR) a uma vaga na Câmara Municipal de Salvador (CMS) ainda repercute nos bastidores. Isso porque, apesar de ele ter obtido 5.428 votos, sua coligação não conseguiu votos suficientes para eleger um vereador em Salvador. Essa situação poderia mudar se os 2.164 votos de Adriano Meireles fossem computados ao PR ao invés da coligação PRP/PSDB – o imbróglio aconteceu porque ele se filiou tanto ao PRP quanto ao PR, por receio do último não lhe oferecer legenda. Com os votos de Meirelles, João Henrique teria sua vaga na Câmara, já que teria ficado de fora por causa de 400 votos somente. O próprio JH tem dado entrevistas a veículos de imprensa e alimenta a esperança de conseguir uma cadeira na CMS com a ajuda da manobra. Consultado pelo Bahia Notícias, o advogado eleitoral Ademir Ismerim explicou que a conta para que o ex-prefeito se elegesse não é essa. De acordo com o especialista, o quociente eleitoral foi de 29.244 votos, o que equivale a dizer que, para um partido eleger pelo menos um vereador, teria que ter no mínimo esse número de votos. No entanto, a coligação PR/PP obteve apenas 22.824 votos, portanto não atingiu o quociente eleitoral. “Para atingir o quociente eleitoral, seriam necessários, ao menos, 6.420 votos e, então, esta coligação elegeria um vereador, coisa que nos parece impossível, pois não existe pendência capaz de aumentar os votos nestas proporções”, disse Ismerim. Procurado pelo Bahia Notícias, João Henrique não foi encontrado.