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Obras do Centro de Convenções não tinham alvará da Sucom

Obras do Centro de Convenções não tinham alvará da Sucom
Foto: Leitor BN
A obra que era realizada no Centro de Convenções, onde ocorreu o desabamento de parte da estrutura (veja aqui) na última sexta-feira (27), era irregular. Dois policiais ficaram feridos no acidente (saiba mais). Segundo informações da Correio, a reforma do primeiro e do segundo andares, que tinha entre os trabalhos a instalação de tirantes de sustentação entre os pavimentos, não tinha autorização da Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom). “Essas reformas não foram objeto de licenciamento da Sucom. Qualquer obra tem que ter nossa autorização. Nem o estado, nem a empresa responsável nos solicitou alvará”, afirma Sérgio Guanabara, titular da Sucom. “Isso é muito grave. Uma obra pública desse porte estava irregular. Deu no que deu”, reforçou. De acordo com a Sucom, o imóvel está interditado desde meados de 2015. O engenheiro civil Carlos Emílio Meneses Strauch, autor do projeto estrutural do Centro de Convenções, na década de 1970, informou nesta segunda-feira (26) que houve demora no início das obras daquela etapa da reforma. O projeto de reforço da estrutura, também de sua autoria, estava pronto desde o ano passado. “Em novembro, fechamos o orçamento da obra. Mas até antes disso apresentamos o projeto ao estado e recomendamos que fosse executado de forma emergencial”, relatou. A ordem de serviço desta etapa, no entanto, só foi emitida no último dia 8. A Secretaria de Turismo do Estado (Setur) afirma que a reforma foi conduzida de foram emergencial e cumpriu todas as exigências legais. Segundo o governador Rui Costa, “o equipamento estava em obras de reforço estrutural” realizadas por empresas de especializadas. “O prejuízo material foi menor do que a perda de vidas”, comentou ele, que também apontou que fez críticas ao posicionamento do trade turístico em relação à obra.  “Diferente, inclusive, do mercado do turismo, que insistia que aquele equipamento ainda tinha vida longa, sempre afirmei que o equipamento tinha esgotado a vida útil. O acidente que ocorreu em plena obra de reforço é uma comprovação disso”, disse, nesta segunda-feira (27), durante a inauguração do Hospital Geral do Estado 2.  No momento, o serviço consistia na substituição de 21 tirantes em estado avançado de corrosão, que comprometiam a estabilidade do trecho estrutural do nível do prédio. “Essas ligações estavam bem oxidadas”, explicou o engenheiro. O coordenador da Câmara de Engenharia Civil do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea-BA), Luiz Edmundo Campos, destacou que 20 dos 21 novos tirantes chegaram a ser posicionados para substituição, restando apenas a soldagem das peças nas vigas. “A soldagem estava em fase de testes quando a estrutura não aguentou”, revelou. A empresa Metro Engenharia e Consultoria, executora dos serviços de recuperação e substituição de vigas e pilares metálicos, apresentou relatório do engenheiro responsável, que elimina responsabilidade da empresa. “A Metro não teve nenhuma responsabilidade no ocorrido e isto só ocorreu devido ao adiantado grau de oxidação das ligações dos tirantes originais com as vigas do nível 33”. O prazo de 72 horas, estabelecido pelo governo para que a estrutura do prédio se estabilizasse e fosse realizada a perícia (entenda), encerrou na noite desta segunda. De acordo com o Departamento de Polícia Técnica (DPT), os peritos visitarão o local e acompanham uma nova análise do Corpo de Bombeiros. A perícia será iniciada se o espaço não oferecer riscos.