Esposa de PM conta como começou tiroteio em ônibus na BR-324: ‘morreu como um herói'

Cecília Porfíria da Silva  explicou, neste sábado (20), como aconteceu o tiroteio que terminou com a morte de dois policiais militares na BR-324. Ela estava sentada com o marido, o PM Tayrone Carlos da Silva, em poltronas localizadas no meio do ônibus da empresa Jauá, que seguia da rodoviária de Salvador para Candeias. Cerca de 20 minutos após o início da viagem, os criminosos teriam subido no veículo, na altura da Brasilgás. O motorista, que não quis se identificar, contou ao Correio que a dupla seguiu para o fundo do coletivo e depois um deles voltou à cabine, exigindo o dinheiro das passagens. O outro permaneceu recolhendo os pertences dos passageiros. Foi então que, segundo Cecília, começou o tiroteio. “O bandido que estava na frente anunciou o assalto e falou que o parceiro dele passaria pegando os pertences das pessoas. Meu marido estava calmo esperando eles chegarem”, disse. Porém, o criminoso teria percebido que o policial civil Agnaldo Almeida, que também estava no coletivo, carregava uma arma, entrando em luta corporal com o agente. “Foi aí que meu marido levantou e atirou, mas o bandido já tinha tomado a arma do outro policial e alvejou ele. Meu marido só tentou ajudar, mas morreu como um herói”, lamentou a esposa de Tayrone. Ambulâncias do Serviço de Atendimento de Urgência (Samu) foram ao local, mas os policiais não resistiram e já estavam sem sinais vitais. Um passageiro foi atingido no braço e na perna e foi levado para o Hospital do Subúrbio. Os criminosos conseguiram fugir. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o secretário Maurício Teles Barbosa determinou prioridade na apuração do caso. Ainda neste sábado, a SSP divulgou imagens dos suspeitos (veja aqui).