Embasa flagra 'gato' de água em obra de construção de UPA em Paripe

Mais três casos de fraude no abastecimento de água foram flagrados pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) na última semana. Uma delas foi a ligação clandestina utilizada por uma construtora nas obras de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Paripe, no subúrbio de Salvador. De acordo com a empresa, a ligação do imóvel estava inativa há três meses e o "gato" de água desviou cerca de 180 mil litros. "Os responsáveis terão que pagar à empresa R$ 6.037,81", informou Isaías da Silveira, gerente comercial da Embasa. No bairro do Stiep, uma segunda fraude foi identificada durante a execução do serviço de ligação de água em um dos imóveis da região. "Encontramos um by pass [desvio clandestino feito antes do hidrômetro, para evitar que o aparelho faça medição do consumo real) que saía da rede e seguia para a lateral de outro imóvel, servindo no abastecimento de sua piscina", relatou Deisivane Barreto, supervisora da Embasa. A multa aplicada deve chegar a R$ 2,2 mil, em decorrência dos cerca de 20 mil litros desviados por mês. O valor da multa quase triplica no caso de uma padaria que fraudou o abastecimento de água no bairro de Valéria. O estabelecimento deverá pagar R$ 6.329,60 à empresa. Segundo a Embasa, 40 equipes de campo fiscalizam as ligações de água em Salvador e região metropolitana, fazendo cerca de 200 verificações diariamente. Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informou que notificou a empresa contratada para construir a UPA municipal após tomar conhecimento do fato. "Destacamos ainda que é total responsabilidade da construtora as licenças para instalação temporária de água e energia para construção do imóvel. Apenas após a entrega da obra é de responsabilidade da SMS o pedido de instalação definitiva", diz o texto.