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Fetrab prepara ato contra ‘reajuste zero’, mas Josias fala em boa relação: ‘Somos sindicalistas’

Por Rebeca Menezes

Fetrab prepara ato contra ‘reajuste zero’, mas Josias fala em boa relação: ‘Somos sindicalistas’
Foto: Raimundo Nonato / Leitor BN
O imbróglio sobre a falta de reajuste aos servidores estaduais parece estar longe de acabar. Apesar do governo do Estado estar proibido de aumentar o gasto com pessoal, por já estar no limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) (entenda aqui), os funcionários públicos baianos ainda esperam um posicionamento mais claro do Executivo. Para a presidente da Federação do Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia (Fetrab), Marinalva Nunes, a situação só poderá ser resolvida com uma conversa direta com o governador Rui Costa. “O reajuste zero nunca foi comentado com a gente. Nós queremos que o governador retome o Sistema Estadual de Negociação Permanente, que ele traga números sobre a receita. Queremos tratar desse assunto do ponto de vista institucional”, explicou Nunes. Após realizar um ato no início deste mês em frente à sede da Governadoria (veja aqui), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), a Fetrab prepara uma nova manifestação no local para pressionar o governo. “Nós vamos fazer uma plenária sindical no dia 29 de abril, e tem uma manifestação projetada para o dia 4 de maio, com todas as entidades. Novos encaminhamentos só virão com uma luta conjunta”, contou Marinalva. Procurado pelo Bahia Notícias, o secretário estadual de Relações Institucionais, Josias Gomes, disse desconhecer a possibilidade de um novo protesto, mas garantiu que o governo mantém uma boa relação com os servidores. “Nós tivemos reuniões com eles dez dias atrás e já sinalizamos que estamos no limite prudencial e, portanto, não temos margem atualmente para dar aumento. Mas continuamos abertos e conversando com eles. É um diálogo muito bom. São pessoas de longo percurso na luta sindical, são parceiros nossos. Claro que eles têm que buscar direitos, e nós respeitamos isso. Há uma certa compreensão nesse momento. Não há intransigência”, garantiu Josias. O secretário explicou, ainda, que a situação das contas do Estado tem se agravado nos últimos meses. “Ao invés de aumentar, a arrecadação vai diminuindo, vai encostando no limite e isso torna tudo muito difícil. O principal ponto de reivindicação deles é o salário. Hoje nossa prioridade é que os salários não sejam atrasados. Além disso, nós temos essa dificuldade da LRF. Nós estamos com 47,7% com gasto de pessoal. Se passar de 48%, nós também perdemos a condição de tomar empréstimos em instituições internacionais”, justificou. “Na verdade, nós também somos sindicalistas, o governador foi sindicalista. Mas negociação implica em termos condições de cumprir. Não adianta a gente sentar se a gente não tem condições de atender. É um dilema”, lamentou.