Deputados de oposição se dizem 'perplexos' com denúncia de Solla e querem ação do MP

Os deputados de oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) afirmam estar “perplexos” com as declarações feitas pelo ex-secretário de Saúde do Estado, o deputado federal Jorge Solla (PT) (clique aqui para ver). Além de criticar a redução dos contratos, Solla apontou que os gastos na pasta não reduziram. “A Fundação José Silveira, do mês de outubro da minha gestão para a gestão atual, houve elevação de R$ 4,8 milhões para R$ 7, 2 milhões”, disse o parlamentar. O líder da bancada da minoria na AL-BA, Sandro Régis (DEM), afirmou nesta sexta-feira (8) que o seu bloco já apontava o que qualifica como “falhas” da gestão. "Estamos diante de uma tragédia anunciada, inclusive por nós da oposição, que sempre combatemos a ineficiência, os baixos investimentos e os cortes absurdos no setor de saúde", disse o deputado. O democrata ressalta que no início da gestão de Rui Costa, ele se posicionou “ostensivamente” contra o corte de 25% nas despesas de custeio de 52 unidades geridas pela Sesab. "Como disse o ex-secretário Solla, a Vigilância de Saúde da Bahia está no chão", frisou. Presidente da Comissão de Saúde na Alba, deputado Alan Sanches (PSD), também integrante da bancada, lamentou que os cortes ocorram em um momento em que ocorrem epidemias como a dengue, a zica e a chikungunya. “O governo desasiste a população reduzindo serviços e atingindo em cheio programas que atendiam milhares de baianos, sobretudo os mais carentes", pontua Sanches. Segundo o social-democrata, é “gravíssima” a denúncia feita por Solla de que pacientes graves estão sem receber medicamentos de alto custo e que os hospitais sob gestão direta da Sesab receberam apenas 60% do que deveriam para a compra de medicamentos e materiais; requerendo intervenção do Ministério Público do Estado (MP-BA).