'Totalmente fora dos nossos planos', diz Zé Neto, após decisão sobre depósitos judiciais
Por Luana Ribeiro
Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
O governo do Estado enfrenta um desafio após a lei que autorizava o governo a transferir para contas do governo do Estado da Bahia de até 50% dos depósitos judiciais e extrajudiciais em dinheiro, para pagamento de precatórios e fundo de previdência de servidores públicos estaduais ser questionada e suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Após a aprovação do projeto na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o líder do governo na Casa, Zé Neto (PT), lamentou o reforço da decisão. “É o que muitos estados já fizeram. O Judiciário tem que ter boa vontade de entender que um dos maiores custos que o estado tem na Bahia é o Judiciário”, afirma. “É um custo importante, relevante, mas onde a gente vai conseguir os recursos em um momento de arrecadação baixa?”, completa. Para o parlamentar, o próximo passo é conseguir um plano B, sobretudo para cobrir o déficit da Previdência. “Ficamos sem saída. Temos que procurar soluções. Era R$ 336 milhões no começo do governo Wagner e já estamos em R$ 2,5 bilhões, ou seja, aproximadamente sete vezes mais”, compara. O petista salienta também o momento de crise na qual o país se encontra. “O governo está trabalhando com toda a fibra para encontrar soluções que possam minimizar esse momento, essa crise que ainda esteja no inicio – no início do ano, ninguém imaginava que chegaria ao nível que chegou”, avalia. “Não é nada bom, estava totalmente fora dos nossos planos”.