Deputado vai acionar Ministério Público para avaliar atraso da Sesab a hospital de SAJ
Por Estela Marques
Foto: Reprodução / Tribuna do Recôncavo
O deputado estadual Alan Sanches (PSD) deve acionar Ministério Público da Bahia para avaliar a situação do Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus (HRSAJ), administrado pelo Instituto Fernando Filgueiras, com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). “A gente está falando da gestão de dinheiro público, de falta de atendimento para população de mais de 32 municípios. A partir do momento que a gente entre com a representação procure entender de que forma a Sesab está atuando e o prestador também”, justificou Sanches. Médicos do centro de saúde estão sem salários há três meses por falta de repasses do governo e por conta disso deflagrou a suspensão dos atendimentos na última quinta-feira (1º). No dia seguinte, sexta (2), o IFF negou que a secretaria tivesse atrasado o repasse das verbas. No entanto, em ata da reunião à qual o Bahia Notícias teve acesso nesta segunda (5), foi admitido o atraso nos repasses e registrada a “possibilidade de se conseguir junto à Sesab um prazo para a regularização dos pagamentos dos serviços prestados, se possível com um cronograma”. No encontro, os profissionais destacaram as dificuldades pelas quais vêm passando com o atraso no repasse, já que para alguns o HRSAJ é a única fonte de renda, embora para outros represente 80% da sua renda. A ata registra ainda que outros acordos foram feitos, mas todos sem sucesso. Após o novo acordo, ficou estabelecido o prazo de 14 de outubro deste ano para um “retorno satisfatório” à categoria. “Se o proposto não for conseguido, será feita uma avaliação da situação, onde serão deliberadas medidas a serem tomadas”, prometem os funcionários conforme registro. Ainda segundo o documento, participaram da reunião o corpo diretor do IFF/HRSAJ, representantes de médicos e do Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb). Em entrevista ao BN nesta segunda, o diretor operacional do HRSAJ, Idelberg Andrade, confirmou a legitimidade da ata e afirmou que “está havendo atraso” por parte da Sesab. Procurada pelo BN, a secretaria não se manifestou sobre o tema.