‘Sede de Justiça’: Frésca vendia produtos ‘na calada da noite’, diz promotora
Por Luiz Fernando Teixeira / Rebeca Menezes
Foto: Luiz Fernando Teixeira / Bahia Notícias
A empresa Água Branca Mineração Canaã, responsável pela água mineral Frésca comercializava produtos ‘na calada da noite’ para fugir da fiscalização, apontou a promotora Vanezza Rossi, do Ministério Público da Bahia (MP-BA). Segundo ela, além da sonegação fiscal de mais de R$ 11 milhões, a companhia praticava outros crimes. “Eram várias práticas fraudulentas, como funcionamento simultâneo de três ou quatro empresas no mesmo local, venda e transporte de mercadoria na ‘calada da noite’, ou seja, no momento em que não havia fiscalização, além de inserção de várias pessoas que não tinham capacidade econômica para serem sócias de empresa como laranjas. Pessoas que nem sabem inclusive que são donas da empresa”, explicou, durante entrevista coletiva. Segundo ela, o objetivo da operação “Sede de Justiça”, deflagrada nesta quinta-feira (27), é complementar as provas já obtidas ao longo das investigações. “Nós fizemos interceptação telefônica dos investigados, quebra de sigilo bancário e fiscal, bloqueio de bens, e decorrente disso temos os depoimentos deles, que estão sendo bem elucidativos. Todas essas provas, juntas, formam o conjunto que vai comprovar cabalmente toda a tese investigativa”, acredita. De acordo com Rossi, caso condenados, os envolvidos podem pegar até 12 anos de prisão, além da pena de organização criminosa. A promotora explicou, ainda, que a procuradoria vai buscar os bens para tentar reaver os valores sonegados. Segundo ela, os acusados possuem poucas propriedades em seus próprios nomes, como alguns caminhões e veículos.