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Saeb identifica acúmulo ilegal de até nove cargos públicos entre servidores

Saeb identifica acúmulo ilegal de até nove cargos públicos entre servidores
Edelvino Góes | Foto: Divulgação
O governo do estado detectou 1.447 funcionários acumulando ilegalmente cargos públicos (municipais, estaduais e federais) após deflagrar a Operação Multivínculo, através da Secretaria da Administração do Estado da Bahia (Saeb). O caso que mais chama a atenção é o de um médico que possui nove cargos em três prefeituras diferentes e no Estado da Bahia – foram identificados médicos, professores, enfermeiros, policiais militares e civis, servidores administrativos, dentre outros, com até cinco empregos públicos. A operação constatou servidores do Poder Executivo da Bahia acumulando cargos públicos em municípios do estado, em Sergipe e em empregos públicos federais. Do total de casos identificados, o cruzamento identificou 1.351 servidores com três cargos públicos, o que é vedado pela Constituição Federal e pela Lei Estadual 6.677/94 (Estatuto do Servidor). A Operação flagrou situações ainda mais irregulares: 82 servidores públicos com quatro vínculos trabalhistas e 13 com cinco. A legislação vigente proíbe o acúmulo de dois cargos públicos quando não há compatibilidade de horários e veda expressamente a acumulação de três ou mais empregos públicos. A Constituição Federal (CF) abre exceção apenas para quando existe compatibilidade horária e para cargos específicos. O artigo número 37, inciso XVI  da Constituição estabelece: “é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI”.  A Carta Magna abre exceção apenas em três casos: quando o acúmulo for entre dois cargos de professor; quando for um cargo de professor, com outro técnico ou científico; ou quando a acumulação for de dois cargos privativos de médico. Entretanto, os casos identificados são de acúmulos superiores a três vínculos.  A Operação Multivínculo foi iniciada em junho, depois que a Corregedoria Geral da Saeb firmou um convênio com os tribunais de contas do estado e do município para utilização dos sistemas informatizados de auditoria dos dois órgãos. A corregedoria da secretaria cruzou as informações do banco de dados do estado com os sistemas de auditoria dos tribunais, contendo a relação de todos os servidores de municípios da Bahia. A Saeb também cruzou as informações do Sistema de Recursos Humanos da Bahia com o banco de dados do Estado de Sergipe e com o Portal da Transparência do Governo Federal. De acordo com o secretário estadual da Administração, Edelvino Góes, “as ações correcionais continuarão sendo realizadas com foco na preservação do erário e na melhoria da qualidade do gasto público”. Os 1.447 servidores identificados com múltiplos cargos públicos serão convocados para prestar esclarecimentos e apresentar documentos acerca de suas situações funcionais.