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Projeto do Dia de Conscientização Antiaborto é aprovado na Câmara

Por Alexandre Galvão

Projeto do Dia de Conscientização Antiaborto é aprovado na Câmara
Cátia Rodrigues | Foto: Reprodução/ TV Câmara
O projeto que institui um dia da segunda semana de maio como o dia da conscientização antiaborto foi aprovado, nesta quarta-feira (5), debaixo de muito protesto e discussão na Câmara Municipal de Salvador (CMS). Autora do projeto, a vereadora Cátia Rodrigues (Pros) disse não ser “nem machista e nem feminista” e acusou a bancada de oposição de ser “abortista”. “Eu não fico dizendo que a mulher tem direito sobre o corpo dela, pois o feto não é prolongamento do corpo da mulher. Uma bancada que é contra um projeto desse, é uma bancada abortista”, acusou. Rodrigues disse ser contra ainda o feminismo atual. “Sou a favor do feminismo original, que diz que homens e mulheres têm direitos iguais. Mas esse feminismo de hoje, que diz que o homem não vale nada, que diz: ‘mata logo à pauladas’... eu sou contra”, explicou. Ainda no debate da matéria, a vereadora Aladilce Souza (PCdoB) ressaltou o respeito à vereadora Cátia Rodrigues, mas afirmou que o projeto dela criminaliza as mulheres. “O problema é o foco do projeto. Nós não concordamos com o aborto, mas, se o projeto segue com esse nome, vamos estar ampliando o estigma de criminalizar essas mulheres”, explanou. Com a confusão estabelecida no plenário, o vereador Gilmar Santiago (PT) pediu que a Casa retirasse das galerias dois cartazes que diziam que a vereadora Aldilce é “filha de chocadeira” e que a vereadora Kátial Alves (DEM) é “filha de chocadeira”.


Foto: Divulgação

Passada a discussão entre Cátia e Aladilce, os vereadores Gilmar e Leandro Guerrilha (PSL) trocaram farpas. Gilmar disse que a defesa da vida que o colega vereador faz é “papo furado”. “Não existe maior papo furado, vereador, nessa casa como a sua defesa da família. Não tem ginecologista na saúde nos postos e querem uma tal de semana antiaborto que ninguém de sã consciência é a favor. Queremos que as mulheres pobres tenham a mesma oportunidade que as brancas e ricas que abortam em lugares caros e nada sofrem”, exemplificou. Revoltado com a fala, Guerrilha disse estar surpreso. “O senhor protesta contra o cartaz contra Aladilce e o senhor vem dizer isso? Respeite a família”, pediu o vereador-radialista.