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No Brasil, sobrevivente diz que Charlie Hebdo pagou preço alto por falar de religião

No Brasil, sobrevivente diz que Charlie Hebdo pagou preço alto por falar de religião
Foto: Fabiana Novello / CBN
Pela primeira vez após o atentado de 7 de janeiro deste ano, o diretor da revista satírica francesa Charlie Hebdo, Laurent Sourisseau, conhecido como Riss, saiu do país para falar sobre a publicação. Ele foi o único sobrevivente no massacre, que deixou 12 mortos. “Podemos escrever o que queremos sobre política e políticos, mas, no momento que se fala de religião, principalmente do Islã, o negócio fica mais sensível e o Charlie Hebdo pagou um preço alto por isso”, disse em palestra no 10º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, na Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo. Antes do início do debate, em vez de 1 minuto de silêncio pela morte dos 12 integrantes da revista, houve 1 minuto de aplausos. O aplauso ocorreu para “não perpetuar o silêncio da censura e celebrar a liberdade de expressão”, disse o diretor, segundo a Agência Brasil. Riss disse que o atentado foi uma “surpresa”, já que naquele momento eles não tinham nenhum problema específico. “Não tínhamos consciência sobre a periculosidade daquele momento. Até a polícia foi surpreendida. É difícil agora prever qual o próximo golpe”, acrescentou. Durante o discurso, ele afirmou que a censura foi “privatizada”. Enquanto antes quem se preocupava em cercear os trabalhos era o poder político, hoje são associações privadas. “Existem associações privadas que fazem ameaças judiciais para gerar uma forma de censura. A censura de origem política praticamente desapareceu”, concluiu.