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Zelada quis ocultar fortuna, alertam autoridades de Mônaco

Zelada quis ocultar fortuna, alertam autoridades de Mônaco
Foto: Reprodução/ TV Senado
O ex-diretor de Internacional da Petrobras, Jorge Luiz Zelada, tentou deslocar sua fortuna de 10,8 milhões de euros - atualmente congelados - para uma subconta sediada em um banco no paraíso fiscal. O alerta à força-tarefa da Operação Lava Jato veio de um dossiê do Principado de Mônaco. Zelada foi preso na última quinta-feira (2). De acordo com o blog do Fausto Macedo, o suspeito solicitou que a subconta recpcionasse a carteira de títulos da Rockfield International AS, constituída por ele no Panamá e da qual é beneficiário econômico efetivo. A instituição financeira Julius Baer Bank não quis dar seguimento à solicitação. Os dados sobre Zelad foram enviados ao Brasil pelo Serviço de Informação e Controle dos Circuitos Financeiros do Governo do Principado de Mônaco. O alerta sobre os movimentos de Zelada é datado de 15 de janeiro deste ano. Os investigadores da Lava Jato acreditam que o ex-diretor da Petrobras tentou "pulverizar" seus ativos em Mônaco para driblar o rastreamento da força tarefa. O pedido de migração dos valores para uma subconta foi realizado em agosto de 2014, quando a fase ostensiva da Lava Jato havia sido deflagrada e levou à prisão do ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa. Mônaco revelou ainda que Zelada mantém relações financeiras com o banco Julius Baes desde 2011, quando abriu uma conta em nome da empresa panamenha Rockfield International. O relatório indica que a abertura da conta tinha como objetivo receber ativos mantidos por ele na Suíça, no banco Lombard Odier Darier Hentsch CIE para investimentos. Mônaco registrou que o Ministério Público da Suíça teria aberto, em abril de 2014, um inquérito para investigar a prática de lavagem de dinheiro envolvendo Zelada por atos de corrupção no caso da Petrobras, após denúncia da Unidade de Informações Financeiras da Suíça. Um mês depois do alerta às autoridades brasileiras, o Principado de Mônaco bloqueou o dinheiro do ex-diretor depositado no Juliu Baer Bank. A defesa de Jorge Luiz Zelada classificou a prisão do ex-diretor da Petrobras como "absolutamente desnecessária". O criminalista Eduardo de Moraes afirmou que ainda não teve acesso ao decreto de prisão, despachado pelo juiz federal Sérgio Moro.