Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
Notícia
/
Política

Notícia

Baiano é apontado por Pessoa como informante da UTC no Tribunal de Contas da União

Baiano é apontado por Pessoa como informante da UTC no Tribunal de Contas da União
Advogado baiano Tiago Cedraz | Foto: Reprodução/ Calila Notícias
O presidente da UTC, Ricardo Pessoa, afirmou em delação premiada que o advogado Tiago Cedraz, filho do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz, era informante da empreiteira na corte. Segundo o depoimento, a relação entre Tiago e a investigada na Operação Lava Jato começou em 2012, com pagamento mensal de R$ 50 mil. No depoimento sobre Angra 3, Pessoa disse que conversou com Tiago Cedraz no final de 2013 e explicou sobre as dificuldades para liberar a licitação. Na conversa, o executivo perguntou quem relatava o caso no TCU e Tiago respondeu que era Raimundo Carreiro, mas acrescentou que era necesário R$ 1 milhão para liberar a licitação do modo que a UTC queria. De acordo com a Folha, Pessoa disse ter repassado o montante a Tiago, mas não soube se o dinheiro foi entregue a Carreiro ou a outros integrantes do tribunal. A concorrência foi liberada pelo TCU conforme os interesses da UTC, segundo Pessoa. O relatório inicial da corte apontava uma série de problemas no projeto, entre eles sobrepreço de R$ 314 milhões em relação ao orçamento, o equivalente a 10% da obra, e "limitada competitividade", em razão das exigências da Eletronuclear. No depoimento, Pessoa disse ainda que Tiago garantiu que tinha acesso aos ministros e técnicos do TCU, além de conseguir adiantar o teor dos votos sobre a empresa. Um dos emissários de Tiago nos pagamentos teria sido Luciano Araújo, tesoureiro nacional do Partido Solidariedade e líder do partido na Bahia. O ministro Carreiro afirmou à Folha que nunca recebeu valores indevidos na vida. Tiago disse que nunca atuou no TCU e que vai processar Pessoa. Além disso, afirmou que foi contratado pelo consórcio formado pela UTC, Odebrecht, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez, mas para atuar no contrato com a Eletronuclear.