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Supercomputador baiano será utilizado por petrolífera na camada pré-sal

Por Estela Marques

Supercomputador baiano será utilizado por petrolífera na camada pré-sal
Datacenter do Supercomputador Yemoja | Foto: Estela Marques / Bahia Notícias
A exploração da camada pré-sal conta com um facilitador a partir desta quinta-feira (28): o supercomputador Yemoja (Iemanjá na linguagem iorubá). Considerada a maior máquina da América Latina, todo o sistema foi oficialmente inaugurado pelo Senai Cimatec e pela petroleira BG na tarde de quarta-feira (27). De acordo com o Nelson Silva, CEO da BG América do Sul, nos dois anos de projeto foram investidos R$ 32 milhões. “O projeto vai permitir que tenhamos visão melhor dos reservatórios do pré-sal e de outras áreas onde existam óleo e gás para exploração”, disse. Os 17,2 mil núcleos de CPU para computação vão rodar algoritmos que possibilitarão a prospecção de petróleo em águas profundas. Depois de gerada a imagem do fundo do mar, serão criados scripts (linguagens de programação) para rodarem na máquina e indicarem a localização exata dos poços de petróleo. O coordenador do Centro de Supercomputadores, Renato Miceli, destacou que a máquina vai ser utilizada para gerar inovações além do setor de óleo e gás, tais como modelagem de automóveis, construção de robôs e prototipagem de novos produtos. “Para suportar uma máquina dessas, temos um centro com operação e desenvolvimento. Junto com ele não vem só uma grande máquina, vem todo o conhecimento necessário para apoiar a indústria na utilização dessas ferramentas”, acrescentou. 


Luiz Cláudio Oliveira apresenta os paineirs de monitoramento do supercomputador

O presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia, Ricardo Alban, acredita que o supercomputador Yemoja inicia a construção do desenvolvimento econômico e social a partir do fortalecimento da indústria – o que fortalece também a economia. “Vamos estimular não só grandes investidores, mas a criação de cadeias produtivas que beneficiem a pequena e a média indústria, o comércio, a agricultura. Vamos também estimular a interiorização. Tecnologia não tem fronteiras, vai aonde tem necessidade, oportunidade e demanda”, prometeu. Um segundo computador com a mesma proposta, mas de menor porte, está em fase de construção e deve ser entregue no final de 2016, de acordo com Luiz Cláudio Oliveira, coordenador de Infraestrutura. Contando as duas máquinas, o investimento do Cimatec e da BG fecha em R$ 60 milhões. “Esse supercomputador vai colocar o pé da Bahia nessa área de processamento de dados para a área de prospecção de petróleo, que é uma área muito complexa. A partir daí podem acontecer várias coisas. Pode-se aparecer empresas que trabalhem nessa área para prover serviços, pode-se atrair pesquisadores ou cientistas do exterior, empresas de fora do estado podem vir para trabalhar nessa tecnologia”, projetou o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Manoel Mendonça.