Sete Brasil é responsável por R$ 900 mi dos R$ 1,5 bi que o Estaleiro deveria receber
Por Estela Marques
Foto: Reprodução / Enseada
A empresa Sete Brasil deve R$ 900 milhões ao Estaleiro Enseada Paraguaçu, em construção na região de Maragogipe. O atraso no pagamento é um dos fatores que levaram à suspensão dos trabalhos no estaleiro. Segundo estudo apresentado na tarde desta segunda-feira (25) na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), ainda corrobora com a crise no fluxo de caixa da obra a falta de repasse, por parte do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, de R$ 600 milhões já autorizados pela Marinha Mercante. “A justificativa que nos dão é que esses financiamentos estão atrelados ao programa de construção de sondas, e é uma resposta que pra nós não satisfaz. Até porque o estaleiro está praticamente pronto, a gente está desenvolvendo plano alternativo para construir quatro sondas, e, além disso, o acionista controlador já ofereceu pacote de garantias adicionalmente ao que já estava negociado”, explicou o presidente do Enseada, Fernando Barbosa. Apesar do elevado valor a receber, a principal questão do estaleiro, de acordo com Barbosa, é a ratificação contratual com a Petrobras. Na análise do gestor, a partir do momento em que a petrolífera disser que os contratos já assinados continuam válidos, “automaticamente vão ser tomadas as providências para que saia os financiamentos e atraia investidores”.
Fernando Barbosa, presidente do Estaleiro Enseada (Foto: Camila Souza/GOVBA)