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Eleições Faeb: Chapa de oposição critica 'ditadura' e ineficiência do atual presidente

Por Estela Marques

Eleições Faeb: Chapa de oposição critica 'ditadura' e ineficiência do atual presidente
Fotos: Fernando Duarte / Bahia Notícias
O prefeito de Andaraí, Wilson Cardoso (PSB), encabeça a chapa de oposição a João Martins na presidência da Federação da Agricultura do Estado da Bahia (Faeb). Martins está no cargo há mais de dez anos e há 15 anos as eleições da entidade não contam com chapas opositoras. O mote da campanha de Cardoso é a renovação, já que nos últimos sete anos o atual presidente vem "desmotivando as pessoas, os presidentes de sindicatos, aquelas pessoas que queriam voz, queriam discutir projeto, a agropecuária, queriam discutir as feiras tecnológicas". Para isso, o prefeito de Andaraí montou sua chapa com os presidentes dos sindicatos de Ilhéus, Milton Andrade; de Irecê e Região, José Carlos Carvalho; de Feira de Santana, Carlos Henrique; de Mairi, Vandevaldo Carneiro; e de Rui Barbosa, Pedro Augusto. A chapa já conta também com parte jurídica, com os advogados Ivan Soares e Ademir Esmerim.
 

Entre as principais críticas de Cardoso a João Martins está a "ditadura imposta" pelo presidente da Federação, que cassa o direito de voz àqueles que são contrários a seu posicionamento. "Ele como presidente de federação, diz que não depende de bancos e que não depende de políticos. E toda vez que alguém leva políticos, um deputado, um senador, alguém na federação pra poder tentar ajudar, ele já fica com raiva do presidente do sindicato", acrescenta Cardoso. Milton Andrade reclama da postura de Martins por não ter oportunidade de repassar a demanda dos produtores do seu município a quem deveria representá-los. "A federação passa a ser uma instituição que não está representando o produtor, porque desde quando não consegue ouvir a base, que é sustentação desse sistema, a gente entende que não está sendo cumprida a função principal da instituição, que é de representação dos produtores. A oportunidade que nós temos de levar esses anseios é na assembleia, o desejo da classe produtora. Quando a gente chega aqui, a gente não consegue externar essa demanda que nos é cobrada", disparou o sindicalista de Ilhéus. Andrade se diz preocupado com a representatividade da Faeb, porque a entidade já contou com 180 sindicatos - dos 400 municípios baianos - e hoje há apenas cerca de 80 organizações regulares.
 

Com base nas queixas à gestão de Martins, Cardoso montou sua plataforma de campanha. As principais propostas são a democratização do sistema, a interiorização da federação - com criação de núcleos regionais -, assessoria jurídica para dar suporte ao produtor, investimento na estruturação do sindicato (com computador e impressoras), revitalização de feiras agropecuárias em conjunto com as tecnológicas. "O presidente da Faeb tem que ser suprapartidário, porque ele tem que ir buscar com todas as entidades governamentais aquilo que ele pode buscar de recurso para chegar em benefício do produtor. Tem que motivar. Nós precisamos aumentar a autoestima do nosso produtor que está lá embaixo por falta de ação do sistema Faeb", completou o candidato. Apesar da estruturação da chapa e das propostas, já prontos para as eleições, a participação do grupo no pleito ainda não está definida. Isso porque é preciso entregar os documentos necessários para inscrição na campanha, em período determinado pelo edital da eleição, que pode ser publicado a qualquer momento - de acordo com a decisão do atual presidente da Faeb. Além disso, conforme explica Wilson Cardoso, quem vai julgar a legalidade da chapa é o atual presidente, que está concorrendo à eleição. Para tentar reverter o quadro, a chapa já recolheu assinaturas de 1/5 dos associados em um abaixo-assinado e deve convocar uma assembleia extraordinária para falar sobre as eleições. A reunião está prevista para acontecer em 25 de maio, no auditório da Faeb, em Salvador.