Travesti agredida diz que mudou depoimento inicial por redução de pena

Em depoimento ao Ministério Público, a travesti Verônica Bolina, que foi espancada 2º Distrito Policial (DP) do Bom Retiro, em São Paulo, afirmou ter aceitado gravar declarações nas quais dizia ter sido agredida por presos, com redução de sua pena em troca. De acordo com a Folha de S. Paulo, a Promotoria confirmou que Verônica teria sido orientada a mentir, por uma pena menor, em seu depoimento na delegacia. No entanto, não há mais detalhes sobre as declarações da travesti. A Polícia Civil afirma, baseada no primeiro depoimento de Verônica, que ela apanhou de presos depois de se masturbar em sua cela. Ela ainda é acusada pelos policiais de arrancar parte da orelha de um carcereiro que entrou na cela para ajudá-la. Em entrevista à Folha, o delegado titular do 2º DP, Luis Roberto Hellmeister, contou que o mesmo carcereiro causou ferimentos no rosto de Verônica em defesa própria. "Quem lesionou a cara dele no soco foi a vítima [carcereiro] que perdeu a orelha. Não foi porque era travesti", disse.